A NOSSA HISTÓRIA CONTADA EM PRIMEIRA PESSOA: NOSSA HISTÓRIA CONTADA EM PRIMEIRA PESSOA: A ORALIDADE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA CONTINUIDADE DA MEMÓRIA E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO DENTRO DE QUILOMBOS URBANOS
Oralidade. Informação. Memória Coletiva. Produção de conhecimento. Decolonialidade do pensamento
Discorre sobre as consequências da colonialidade iniciada com a expansão marítima nas américas, dentre as quais destaca-se a hierarquização das raças como suporte ao racismo estrutural. A partir disso argumenta sobre o privilégio epistêmico ocidental europeu e nortenho na construção do saber e revela o epistemicídio sofrido pelos descendentes da diáspora africana, com o enfraquecimento do ser através da desvalorização e apagamento das suas construções e contribuições epistemológicas para desenvolvimento social. Partindo desse ponto, discute sobre a oralidade como aspecto central deste estudo e fonte importante de investigação informacional. Dessa forma, analisa sua contribuição para a construção do conhecimento e a continuidade da memória coletiva dentro de quilombos urbanos resultantes da diáspora africana. Para produzir a pesquisa, forma um quadro teórico com base nos estudos da Ciência da informação - CI e outras áreas afins sobre o tema, realiza dentro de uma pesquisa exploratória, entrevistas semiestruturadas com os quilombos: Centro Cultural Quilombo do Catucá - Camaragibe-PE, o Maracatu Leão Coroado - Olinda/PE e o Mestre Naná de Santana - Recife/PE, considerado aqui um ser quilombo. Com a organização dessas narrativas, elabora uma análise temática com base no objeto estudado. Ao fim, o estudo revela que os três quilombos aqui apresentados se utilizam da oralidade para manter as suas tradições, memórias e produção de conhecimento dentro de uma cultura diaspórica africana