Banca de DEFESA: ANA CLARA SANTOS COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CLARA SANTOS COSTA
DATA : 06/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google meeting
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE METALOPROTEINASES DA MATRIZ E SEUS INIBIDORES COMO BIOMARCADORES DA ARTRALGIA PERSISTENTE EM INDIVÍDUOS COM CHIKUNGUNYA


PALAVRAS-CHAVES:

Febre chikungunya; MMP; TIMP; Dor Crônica; Biomarcador.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A fase crônica da Chikungunya (CHIK) é caracterizada por alterações no microambiente
articular, que se manifestam clinicamente através de dor e inchaço nas articulações. Fatores
solúveis como as Metaloproteinases da matriz (MMP) e os Inibidores Teciduais de
Metaloproteinases (TIMP), podem desempenhar papel fundamental no estabelecimento da
artralgia persistente, contribuindo para a degradação do tecido articular. Assim, o objetivo
deste estudo foi identificar a potencial utilidade de MMPs e TIMPs como biomarcadores
plasmáticos da artralgia persistente na fase crônica em indivíduos diagnosticados com o vírus
Chikungunya (CHIKV). Para tal foram coletadas amostras de plasma de 102 participantes
positivos para CHIK, durante as fases aguda ou subaguda da doença, bem como dados
sociodemográficos, clínicos e reumatológicos, durante acompanhamento ambulatorial
realizado no setor de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco. Os indivíduos foram classificados de acordo com a persistência (EVA ≥1-10, n
= 67) ou resolução (EVA= 0, n = 36) da artralgia na fase crônica da FCHIK (> 89 dias após o
início dos sintomas). Amostras de indivíduos declaradamente saudáveis foram utilizadas
como grupo controle (n = 24). Os níveis de MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 foram analisados por
Citometric Beads Array (CBA) através da metodologia multiplex LegendPlex®. E os níveis
de MMP-1, MMP-3 e TIMP-1 foram analisados pela técnica de ELISA. As análises
estatísticas foram realizadas através do software GraphPad Prism (versão 9.0), IBM® SPSS®
Statistics e R. Os valores de p ≤0,05 foram considerados significantes. Não foram observadas
diferenças nos níveis de produção de MMP-1, MMP-2, MMP-3 e MMP-9 entre os grupos
analisados. Foi possível verificar que o grupo positivo para CHIKV apresentou maior nível
de TIMP-1 (p=0,0047) e menor nível do TIMP-2 (p=0,0015) comparado ao grupo controle.
Em comparação ao controle, indivíduos com artralgia persistente apresentaram maior nível de
TIMP-1 (p=0,0231) e indivíduos resolvidos da artralgia apresentaram menor nível de TIMP-2
(p=0,0084), no entanto, não foram observadas diferenças entre os grupos resolução e
persistência da artralgia. A sensibilidade e especificidade do TIMP-1 (AUC= 0.52; IC 0,4108
- 0,6489) e TIMP-2 (AUC= 0.57; IC 0,4431 - 0,7097) não foram suficientes para distinguir os
indivíduos recuperados dos indivíduos com artralgia persistente. Apesar de não possuir
características de biomarcadores de desfecho clínico, os dados obtidos evidenciam que as
variações nos níveis plasmáticos de TIMP-1 e TIMP-2 estão envolvidas no acometimento
articular durante as fases aguda e subaguda da FCHIK. Estudos futuros são necessários para
investigar o papel desses inibidores nos mecanismos relacionados à cronicidade da artralgia
na CHIK.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA - UFPE
Interna - 2181686 - MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
Externo à Instituição - RODRIGO FELICIANO DO CARMO - UNIVASF
Notícia cadastrada em: 30/11/2023 09:03
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa02.ufpe.br.sigaa02