ATIVIDADE SINÉRGICA E CITOTÓXICA DA ASSOCIAÇÃO LINALOL ANTIFÚNGICOS E SEUS EFEITOS SOBRE FATORES DE VIRULÊNCIA DE ESPÉCIES DE Candida
Candida, linalol, sinergismo, biofilme, tubo germinativo, antifúngicos
Ao longo das últimas duas décadas foi observado aumento da resistência de várias espécies de Candida aos antifúngicos. Nesse contexto, a busca por novas moléculas ou novas opções terapêuticas é objeto de várias pesquisas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade de três monoterpenos (linalol, limoneno e eucaliptol) e de seis antifúngicos (fluconazol, cetoconazol, itraconazol, terconazol, micafungina e anfotericina B) sobre 21 cepas de espécies de Candida. A Concentração Inibitória Mínima (CIM), determinada pela técnica de microdiluição em meio líquido. apontou o linalol como sendo o mais eficaz, cujas CIM variaram de 512 a 1024 µg/mL. Todas as leveduras mostraram-se resistentes aos azólicos, sensíveis à anfotericina B e algumas resistentes à micafungina. Os efeitos entre linalol-antifúngicos foram determinados pela técnica de checkerboard. Efeitos sinérgicos foram obtidos para a maior parte delas, cujos CIFi variaram de 0,06 a 0,5. Estas associações também foram capazes de inibir a formação do tubo germinativo de Candida albicans, de inibir o biofilme, apresentando baixa ou nenhuma toxicidade sobre linhagens de células Vero e L929. As associações linalol-antifúngicos, em concentrações sub-inibitórias, foram capazes de reverter a sensibilidade de espécies de Candida aos azólicos, especialmente ao fluconazol.