Banca de DEFESA: RAYLENE ACÁCIA PIRES DE ARAÚJO RAMALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYLENE ACÁCIA PIRES DE ARAÚJO RAMALHO
DATA : 16/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

EFEITO DOSE-RESPOSTA DO NÚMERO DE SESSÕES DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NA RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA DE MEMBRO SUPERIOR EM PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL CRÔNICO: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO E CONTROLADO


PALAVRAS-CHAVES:

Acidente vascular cerebral, membro superior, estimulação transcraniana por corrente contínua, plasticidade neuronal.



PÁGINAS: 160
RESUMO:

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade física de longo prazo entre adultos e, aproximadamente 77% dos sobreviventes apresentam déficits sensório-motores crônicos que interferem diretamente na sua independência funcional. Portanto, surge um interesse de investigar a tDCS (do inglês, transcranial direct current stimulation) associada à fisioterapia, pois aumenta e acelera a reorganização cortical cerebral, potencializando os ganhos funcionais no membro superior (MS) parético. Diante disso, existe uma grande variabilidade na dose aplicada (número de sessões). Então o presente estudo propôs analisar a quantidade mínima e ideal de sessões de tDCS capaz de promover a recuperação da função sensório-motora do MS de pacientes pós-AVC. Para isso, foi realizado um ensaio clínico randomizado, sham-controlado e duplo-cego realizado com pacientes pós-AVC crônico (≥ 3 meses após lesão). A amostra foi composta de cinquenta e sete pacientes, randomizados e alocados em três grupos: (i) tDCS anódica; (ii) tDCS catódica e (iii) tDCS sham. Posteriormente a realização da estimulação, todos os grupos foram submetidos a 45 minutos de fisioterapia, sendo 10 sessões ao total (5 vezes por semana). As avaliações clínicas realizadas foram: (i) Avaliação de Fugl-Meyer - Upper Extremity (FMA-UE). As avaliações foram utilizadas após as intervenções (após 5 e 10 sessões), exceto a FMA-UE, que foi aplicada antes das intervenções (basal). O teste do qui-quadrado foi utilizado para variáveis categóricas e os testes de Kruskal-Wallis e ANOVA one-way para variáveis contínuas. Para a FMA-UE, foi realizada uma ANOVA de medidas repetidas 3 x 3, para o fator tempo, o intra-sujeito (antes e após 5 e 10 sessões) e inter-sujeitos, o fator grupo (tDCS anódica, tDCS catódica e tDCS sham). O teste t pareado para as diferenças intra-grupo (avaliação basal versus após 5 sessões e basal versus após 10 sessões). O mCID analisado através do teste Qui-Quadrado, para análise do percentual do mCID inter-grupos (>5,00 pontos), categorizada como: (i) sem mudança (abaixo de 5,00), (ii) melhorou muito (acima de 5,00) e (iii) melhorou muitíssimo (acima de 10,0). Como resultado, houve um efeito significativo no tempo, com melhora significativa da função motora após 5 e 10 sessões para os grupos de estimulação e, o sham apenas em após 10 sessões. O efeito da estimulação foi mais rápido e eficaz na tDCS anódica e com diferença significativa quando comparado com o sham (p=0,037). O efeito da tDCS aumentou o percentual de pacientes que alcançaram a mCID. Diante os efeitos da tDCS na recuperação sensório-motora do MS, são mais precoces na anódica e catódica do que apenas com a fisioterapia, mas a potencial dose-resposta, mais rápida e eficaz, foi direcionada para anódica, com um mínimo de 5 sessões.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2377518 - ANGELICA DA SILVA TENORIO
Interna - 1132522 - MARIA DAS GRACAS RODRIGUES DE ARAUJO
Externa à Instituição - DEBORAH MARQUES DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 15/12/2022 17:43
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