AGRICULTURA FAMILIAR CAMPONESA E AGROECOLOGIA COMO ALTERNATIVA À DEMOCRATIZAÇÃO E SEGURANÇA ALIMENTAR: AUMENTO DO NUTRICÍDIO NA PANDEMIA DA COVID-19 EM CAMARAGIBE-PE
Segurança alimentar. Soberania alimentar. Fome. Alimentação. Agroecologia.
A fome vem sendo posta à mesa dos brasileiros ao longo das décadas de forma planejada e direcionada para atingir um público específico, que vem sendo negligenciado e mantido sob amarras escravocratas desde o período colonial até a contemporaneidade. A insegurança alimentar - nomenclatura adotada atualmente para eufemizar o fenômeno da fome nos dias atuais - se intensificou durante a pandemia da covid-19, atingindo de maneira desigual os brasileiros e, consequentemente, a população do município de Camaragibe, em Pernambuco. Os diversos conflitos e fatores do aumento da insegurança alimentar em um dos principais municípios da Região Metropolitana do Recife serão debatidos e analisados durante toda pesquisa. Dito isso, o objetivo elencado como principal é compreender como, através da agricultura familiar agroecológica, é possível democratizar e garantir uma soberania alimentar e nutricional em Camaragibe. Para conseguirmos atingir esse objetivo, foi necessário investigar os diversos fatores contribuintes para o aumento da insegurança alimentar e nutricional no município ao longo do tempo em que intensificou-se durante a pandemia de 2020. Nesta pesquisa, também foram considerados os conflitos que o sistema agroalimentar vem causando, buscando as experiências políticas municipais como ponto de partida para refletir algumas medidas na escala municipal em prol da democratização alimentar do município, bem como alternativas de valorização e manutenção da agricultura familiar agroecológica na localidade. Com a manutenção e intensificação da insegurança alimentar, tornou-se urgente produzir conhecimento que possa contribuir na atuação da linha de frente ao seu combate, justificando assim a necessidade e importância desta pesquisa.