TECNOLOGIAS SOCIAIS E DESENVOLVIMENTO LOCAL EM COMUNIDADE RURAIS NO SEMIÁRIDO BAIANO.
Palavras-chave: secas; percepção; ODS; agroecologia; chuva; produção
A seca enquanto fenômeno natural e suas diferentes classificações em meteorológica, hidrológica, agrícola e social pode ser analisada a partir uma percepção que envolva estratégias necessárias para mudança de paradigmas. Neste contexto, as tecnologias sociais desempenham um papel de destaque, dentre elas às relacionadas com a água da chuva destinadas ao público da agricultura familiar e com reflexões que fomentam (re)pensar o espaço vivido. Este trabalho buscou avaliar o impacto das tecnologias sociais e sua utilização agrícola na perspectiva do desenvolvimento local em comunidades rurais situadas no semiárido nordestino. A pesquisa foi realizada no município de Serrinha, localizado no Estado da Bahia. A metodologia baseou-se em pesquisas em campo e levantamento de dados secundários em órgãos oficiais e entidades que atuaram na execução de programas voltados à captação da água de chuva e tecnologias sociais. Verificou-se que as décadas de 1900 e 2000 registraram um maior número de eventos secos, com destaque para os anos de 1993 e 2012. Neste contexto, as tecnologias identificadas e implementadas em comunidades rurais desempenham papel importante para a convivência com as secas, especialmente na produção agrícola familiar. E também em questões relacionadas à segurança alimentar, acesso à água, inclusão de mulheres, possibilidades de comercialização e diversificação dos produtos, geração de renda e redução da pobreza e da fome, de forma atuar em ações pautadas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mesmo em períodos
onde os eventos secos foram mais intensos. No entanto, vale destacar a necessidade de que ações desta natureza tenham continuidade e permanência de forma a não se transformar em estratégias que estimulam o assistencialismo e somente questões pontuais. A partir da mobilização social e estímulo ao desenvolvimento local as tecnologias analisadas contribuem com a ressiginificação do semiárido