Banca de QUALIFICAÇÃO: MONICA DE MORAES CHAVES BECKER

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MONICA DE MORAES CHAVES BECKER
DATA : 17/02/2023
LOCAL: VIDEO CONFERENCIA
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO METABOLISMO GLICOLÍTICO CARDÍACO E DA DEFORMIDADE MIOCÁRDICA ANTES E APÓS QUIMIOTERAPIA EM PORTADORES DE LINFOMA


PALAVRAS-CHAVES:

cardiotoxicidade; strain miocárdico; PET-CT.


PÁGINAS: 22
RESUMO:

Introdução: Apesar dos avanços na quimioterapia (QT), as drogas usadas no tratamento do câncer permanecem deletérias ao sistema cardiovascular. Assim, o diagnóstico precoce de cardiotoxicidade é primordial, uma vez que induz ao início de medidas cardioprotetoras com melhora na qualidade de vida e sobrevida desses pacientes. O aumento da captação cardíaca de 18F-FDG pode refletir agressão metabólica pela QT. Objetivo: O objetivo deste estudo foi mostrar o comportamento de biomarcadores séricos, metabólicos e funcionais cardíacos, pré- e pós-QT com antracíclicos, em pacientes com linfoma. Métodos: Dosagem de troponina sérica, 18F-FDG PET/CT e ecocardiograma com strain foram realizados prospectivamente antes e após QT. À PET/CT, o índice de captação padronizada máximo (SUV máximo e médio) de 18F-FDG foi medido no ventrículo direito (VD), septo interventricular (SIV), parede lateral do ventrículo esquerdo (VE) e área total do coração. Ao ecocardiograma, o desempenho ventricular esquerdo foi analisado pela fração de ejeção (FEVE) e pelo strain longitudinal global (SLG). Esses dados foram comparados pré e após término da QT. Resultados: Foram analisados 28 pacientes consecutivos, 57,1% com linfoma não Hodgkin, mediana da idade 35 anos (IQ 29-56), 60,7% do sexo feminino. Em relação à comorbidades, seis pacientes eram hipertensos, seis tinham dislipidemia, quatro eram diabéticos, três eram ex-tabagistas e um tabagista ativo, três apresentavam etilismo ativo. Em relação às variáveis coletadas, a mediana da troponina sérica pré-QT foi 1,2 pg/mL (IQ 0,55-2,63) e aumentou para 9,0 pg/mL(IQ 4,05 – 23,85) pós-QT. Entretanto, apenas um paciente apresentou aumento acima dos valores de referência de normalidade. Embora nenhum paciente tenha apresentado alteração da FEVE pós-QT (média pré-QT de 64,3 ± 4,95% e pós-QT, 64,6 ± 5,23%), disfunção ventricular esquerda subclínica (queda do SLG ≥ 12% em relação ao basal) ocorreu em sete (25%) pacientes, durante ou após a quimioterapia. Houve diferença significativa na captação miocárdica do 18F-FDG no SIV e na parede lateral do VE, tanto em relação ao SUV máximo quanto ao médio. A média da relação do SUV máximo do SIV/SUV máximo da aorta aumentou de 0,86 (IQ 0,74-1,04) pré-QT para 1,02 (IQ 0,83 - 1,95) após a QT, p=0,02. Conclusões: Não observamos redução significativa da FEVE após QT, nesta casuística. Critérios de cardiotoxicidade subclínica pelo SLG foram atingidos por 25% dos pacientes. Ocorre aumento significativo da captação do radiofármaco após o tratamento com antraciclina, contudo a relação entre alteração metabólica e desempenho cardíaco subclínico precisa ser melhor esclarecida.

 

Palavras-chave do Resumo (3 palavras): cardiotoxicidade; strain miocárdico; PET-CT.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ISABELA BISPO SANTOS DA SILVA COSTA
Interno - 2418413 - RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
Presidente - 5315871 - SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 09:52
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04.ufpe.br.sigaa04