UM ARCO-ÍRIS NA LUTA PELA TERRA: O CONSTRUIR DA PRÁXIS
PEDAGÓGICA LGBT DO MST
Movimentos Sociais, MST, Práxis pedagógica, Coletivo LGBT Sem Terra.
Nossa pesquisa articula os estudos sobre educação, movimentos sociais, gênero e sexualidades e visa enquanto
objetivo geral: Compreender o modo como foi construída a agenda LGBT no MST e as práxis pedagógicas
decorrentes deste processo, onde foram articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas identidades
de gênero no âmbito da diversidade sexual. E quanto aos objetivos específicos propõe: 1) Reunir os fragmentos
do processo histórico de construção da agenda LGBT do MST a partir dos documentos produzidos pelo movimento
e das narrativas das/os militantes; 2) Identificar as práxis pedagógicas relacionadas com as vivências de gênero no
âmbito da diversidade sexual trabalhadas pelo MST; 3) Analisar as políticas do MST referentes às identidades
LGBTs e os seus desdobramentos nas políticas educativas do movimento; 4) Sistematizar um debate sobre uma
perspectiva queer interseccional a partir da experiência do coletivo LGBT do MST. Enquanto percurso
metodológico, a pesquisa se insere nos estudos qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao
método utilizaremos o Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e enquanto
instrumentos de análise utilizaremos a observação participante, a análise de documentos e a entrevista narrativa.
No que se refere a abordagem analítica, utilizaremos a Hermenêutica Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos
(2001, 2004), considerando o processo de equivalência homeomórficas para estabelecermos um diálogo diatópico
intercultural a partir das dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão.