Caracterização das estruturas de consumo e de rendimento do setor de bens e serviços culturais no Brasil
Setor cultural. Demanda familiar. Consumo cultural.
O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto do setor cultural para a economia brasileira, considerando as diferentes estruturas de rendimento das famílias. Inicialmente será realizada uma análise exploratória a fim de mapear a oferta e o consumo de equipamentos culturais entre as regiões metropolitanas brasileiras. A partir dessa análise exploratória espera-se identificar as disparidades regionais existentes e os fatores socioeconômicos associados a maiores e menores intensidades de consumo cultural. Em seguida será realizada uma análise nacional, utilizando um modelo de insumo-produto com o objetivo de identificar os efeitos multiplicadores do setor cultural sobre os demais setores da economia, dado os diferentes grupos de renda familiar. O referido modelo analisa os efeitos intersetoriais, ou seja, como mudanças na demanda final dos consumidores geram efeitos no emprego e na renda do próprio setor e dos demais setores da economia pelo efeito multiplicador existente. Para atingir tal objetivo, será utilizada a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) de 2018, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fim de mapear a oferta de equipamentos culturais. Ademais, os dados dos dispêndios das famílias com cultura serão coletados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) disponibilizada para os anos de 2017-2018, também realizada pelo IBGE. Será realizada a abertura do vetor de consumo das famílias, através da POF, e a abertura do vetor de rendimentos utilizando dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua (PNAD Contínua) realizada no ano de 2018. O vetor de rendimentos será desagregado a partir dos dados da PNAD Contínua. Dessa forma, serão avaliados os efeitos de mudanças na demanda familiar por consumo cultural e seus impactos sobre o emprego e renda do setor cultural e dos demais setores da economia, para isso será utilizada a matriz insumo-produto disponibilizada pelo IBGE referente ao ano de 2015.