O ENSINO DE HISTÓRIA E O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Palavras-chave: Ensino de História; Trabalho como princípio educativo; Educação de Jovens e Adultos.
A presente pesquisa traz a importância da discussão do trabalho como princípio educativo no ensino de História na educação de jovens e adultos, por ser esta uma modalidade constituída por trabalhadores que estudam e necessitam desse debate em sala de aula para construção de suas identidades e dos saberes históricos. Com o contributo de Antunes (2015), o qual evidenciou que essa nova sociedade de trabalhadores ocupam vagas temporárias de trabalhos considerados precarizados, o que tem gerado um aumento no índice de desemprego, pois estes, trabalhos intermitentes, informais, não trazem segurança nem estabilidade. E sobre a importância dos conhecimentos históricos, que funcionam como aparato nessa construção no sentido de explicar os silenciamentos e apagamentos sofridos na produção de uma historicidade que não legitima a necessidade da centralidade do trabalho na EJA, enquanto sendo estes estudantes, mão de obra barata, persistindo a relação de dominantes e dominados, contamos com as contribuições Cristian Laville (1999) quanto às produções de narrativas construídas ao longo do tempo, explicando tais construções em torno da História e Keith Jenkis que dispõe sobre as fragilidades epistemológicas desta produção, enquanto Carretero (2010) sobre a construção das memórias históricas. O trabalho como princípio educativo, é um direito na construção de erudição para estes que são trabalhadores que estudam. A partir da definição da pesquisa de Nilton Azevedo de Oliveira Neto, Rosa Oliveira Marins Azevedo e Paulo Henrique Rocha Aride (2018) que publicaram Trabalho como princípio educativo: uma busca pela definição do conceito e sua relação com o capitalismo e de Saviani (2021) que nos ajuda na compreensão que se dá da relação do trabalho e da educação nessa construção que tem a escola como instrumento, não a serviço de reprodução de relações de exploração tão presentes no sistema capitalista, mas na luta pela oferta de um ensino de qualidade, além do aporte de Arroyo (2021) sobre o papel da escola e da educação de jovens e adultos, e de Meirieu (1998) sobre o despertar do desejo sobre a aprendizagem do aluno neste contexto.