AUTORREGENERAÇÃO DE BIOCONCRETOS: investigação do potencial microbiológico e determinação da etapa limitante na biomineralização de carbonato de cálcio
O cimento é o material mais utilizado do mundo, possibilitando a construção de edifícios, pontes, estradas e outras obras. A falta de manutenção, no entanto, causa um perigo de desabamento dessas estruturas, podendo ocasionar lesões ou até mortes de pessoas. Neste trabalho, foram utilizadas as bactérias Bacillus cereus (UCP 1615), Bacillus methylotrophicus (UCP 1616) e Bacillus subtilis (UCP 0999) para determinar as melhores condições de produção de bioconcretos nos tipos de cimento: CP II-E, CP II-F e CP II-Z. A partir das dificuldades para produção cristalina, um protótipo denominado de Sistema em Cascata para Biomineralização em Cimento (SCBC) foi construído para determinação da etapa limitante do processo de biomineralização com um planejamento fatorial para secagem e uma curva cinética para a bactéria B. cereus. Nos experimentos iniciais para seleção microbiana foram obtidos cristais de SiO2 e CaCO3 com difratogramas de raios X, indicando 82% dos picos para SiO2 e 18% para calcita através da bactéria B. cereus. Os experimentos iniciais também indicaram uma afinidade entre a bactéria B. cereus e o cimento CP II-E. Os ensaios de planejamento experimental para secagem e cinética para a biorreação indicaram a secagem como a etapa limitante com uma taxa de produção de carbonato de 0,19 mg∙h-1. Os estudos indicam potenciais resultados para autorregeneração de concretos a serem cicatrizados, sendo uma alternativa ecofriendly e reduzindo a emissão de gases de efeito estufa.