Banca de DEFESA: BRENDA GOMES BAZANTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRENDA GOMES BAZANTE
DATA : 28/02/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

“TRAVA TRANSCORPOCINÉTICA”: narrativas (auto)biográficas e práticas artísticas de/sobre travestis, transexuais e dissidentes sexuais e de gênero


PALAVRAS-CHAVES:

Narrativas (auto)biográficas; Corpos-Instantes; Práticas Artísticas; Trava Transcorpocinética; Arte Contemporânea.


PÁGINAS: 386
RESUMO:

Nessa investigação busco entender como narrativas (auto)biográficas, construídas a partir da narração e reflexão de/sobre memórias e experiências, podem contribuir para a criação do conceito de práticas artísticas “Trava Transcorpocinética”, através da representação das mudanças corporais e comportamentais feitas por mulheres trans e de travestis, antes e após a transição. Esse termo nasce da junção dos seguintes elementos: imagens que representam transformações feitas no meu corpo e comportamentos, narrativas (auto)biográficas divididas em três temporalidades biográficas (corpo-instante compulsório, corpo-instante em libertação e corpo-instante “libertado”) e, finalmente, práticas artísticas elaboradas a partir de reflexões sobre os acontecimentos narrados em cada um desses intervalos. Sua finalidade é relacionar imagens e narrativas, tanto das mudanças de comportamento quanto das intervenções cirúrgicas, estéticas ou endocrinológicas, com o meu trabalho na Arte Contemporânea, utilizando e tensionando, para isso, referenciais artísticos e conceituais relacionados à Arte Contemporânea, a Cronofotografia, a Arte Cinética e a Esteriometria. Ao longo da investigação, narro e contextualizo as memórias oriundas da infância, adolescência e início da juventude, identificando as frustrações e as dificuldades que enfrentei devido ao gênero compulsório ao qual fui designada. Nessa temporalidade, estabeleci as ligações basilares para criar o conceito de “práticas artísticas corpo-estáticas compulsórias”. Em seguida descrevi e problematizei a transição de gênero e as mudanças comportamentais e corporais, realizadas nas esferas estética, endocrinológica e cirúrgica. Desta vez, relacionei as lembranças da juventude com estudos de gênero e narrativas (auto)biográficas nas artes visuais, para criar as relações necessárias à elaboração do conceito de “práticas artísticas corpo-cinéticas em libertação”. Dando continuidade, relato como as inquietações em torno do padrão de feminilidade exigido das mulheres trans e das travestis, ocorridas ao longo da maturidade, me influenciaram a problematizar o modo como performo a identidade trans. Com isso, relaciono a última temporalidade biográfica com a criação do conceito de “práticas artísticas corpo-cinéticas “libertadas””. Nesses processos, utilizei a metodologia narrativa (auto)biográfica, tendo como procedimentos investigativos o acesso às minhas memórias por meio de diversos dispositivos. Após refletir sobre as memórias e  experiências narradas, confeccionei as práticas artísticas corpo-estáticas e as corpo-cinéticas. Ao examiná-las, considerando suas ligações com as narrativas (auto)biográficas, determinei que a passagem das silhuetas e dos comportamentos de um corpo-instante para outro, relacionadas e representadas por meio de uma performance, fundamentam o conceito das práticas artísticas Trava Transcorpocinéticas. Por fim, através da junção das palavras “trava”, “trans”, “corpo” e “cinética”, defino-o como uma ação performática na qual interajo com uma escultura cinética a fim de representar a movimentação efetuada pelo meu corpo e comportamentos ao atravessar duas experiências ocorridas e narradas nas temporalidades biográficas corpo-instantes compulsório, em libertação ou “libertado”.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FABIO JOSE RODRIGUES DA COSTA
Presidente - 2157185 - LUCIANA BORRE NUNES
Interna - 2193365 - MADALENA DE FATIMA PEQUENO ZACCARA
Notícia cadastrada em: 28/02/2022 01:32
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