Perfil proteomico de pacientes em hemodialise avaliados de acordo com a remodelacao ossea baseada nos niveis sericos de paratormonio intacto
Hemodiálise, DMO-DRC, remodelação óssea, proteômica, profilina-1
Alguns marcadores utilizados para diagnóstico do distúrbio do metabolismo mineral e ósseo na doença renal crônica apresentam limitações na compreensão da fisiopatologia e do prognóstico das desordens ósseas. Estudos proteômicos possibilitam a identificação de potenciais biomarcadores, além de permitir compreender melhor os mecanismos fisiopatogênicos da doença, auxiliando na diferenciação dos diversos tipos de osteodistrofias renais, clareando a origem da perda de massa através da identificação de vias metabólicas envolvidas no DMO-DRC. Assim, neste estudo fizemos uma análise proteômica do tipo transversal, utilizando espectrometria de massas em tandem (MS/MS). A análise foi realizada em dois grupos de pacientes com DMO-DRC, caracterizados como alta remodelação (N = 10) e baixa remodelação (N = 7) de acordo com o nível sérico de PTHi (>600 pg/mL e <150 pg/mL) respectivamente. Um grupo controle saudável (N= 10) com valor de PTHi dentro da normalidade foi incluído para as análises comparativas entre os grupos. Nossos resultados identificaram 269 proteínas comparando o grupo de alta remodelação versus baixa remodelação. Destas, 84 proteínas foram diferencialmente reguladas sendo 57 com aumento e 27 com diminuição da expressão. Adipocina, Cistatina C e Profilina 1, foram identificadas e selecionadas como proteínas candidatas, podendo estar envolvidas na fisiopatogenia e complicações do DMO-DRC. A profilina foi associada a processos de remodelação óssea e complicações cardiovasculares, sugerindo sua relevância tanto no microambiente esquelético quanto vascular. Adipocina apresentou regulação diferencial, possivelmente influenciada por condições inflamatórias e metabólicas características do DMO-DRC, enquanto que a cistatina C destacou-se como um marcador sensível de função renal e remodelação óssea.