Oncocalixona A (OncoA), uma para-benzoquinona derivada da Cordia oncocalyx, apresenta destacadas propriedades anticancerígenas, mas sua aplicação terapêutica é limitada pelo risco de toxicidade. Utilizando Caenorhabditis elegans como modelo in vivo, este estudo teve como objetivo sintetizar e avaliar nanopartículas de PIBCA contendo OncoA revestidas com fucana (NpOnco), bem como nanopartículas não carregadas (NpFuc) e OncoA em sua forma livre (Onco), visando sua eficácia e toxicidade na modulação da via de sinalização NOTCH e indução de apoptose. As nanopartículas NpFuc apresentaram tamanho médio de 168,5 nm, potencial zeta de -57,6 mV e PDI de 0,029, enquanto as NpOnco exibiram tamanho de 221,3 nm, potencial zeta de -56,6 mV e PDI de 0,006, demonstrando estabilidade e potencial biocompatível. Ensaios de sobrevivência e desenvolvimento em concentrações de 6,25 e 50 μM não evidenciaram toxicidade para os grupos testados, incluindo OncoA livre. A triagem fenotípica com a cepa BS3164 mostrou que os grupos NpFuc6 e Onco6 foram capazes de modular parcialmente a via de sinalização NOTCH, revertendo fenótipos mutantes. Além disso, os ensaios de apoptose utilizando a cepa MD701 revelaram um aumento significativo nos eventos apoptóticos, com médias de corpos apoptóticos de 4,3, 7,4, 6,5 e 5,7 para os grupos controle, NpFuc50, NpOnco50 e Onco50, respectivamente. Esses dados destacam, especialmente, o grupo NpFuc50 como promissor na indução de apoptose. Os resultados evidenciam o potencial terapêutico das nanopartículas de OncoA revestidas com fucana, ao combinar uma entrega direcionada com menor toxicidade. Assim, essas nanopartículas representam uma estratégia promissora para o desenvolvimento de novos agentes anticancerígenos.