Cultura Maker e Pensamento Computacional nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: um ecossistema formativo para competências cognitivas, digitais e socioemocionais
Pensamento Computacional; Cultura Maker; Construcionismo; Educação Digital; BNCC.
A partir da articulação entre o Pensamento Computacional (PC) e a Cultura Maker,analisamos as habilidades e competências desenvolvidas por estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em práticas plugadas e desplugadas. Partimos do pressuposto de que essa integração favorece o desenvolvimento de competências cognitivas, digitais e socioemocionais, além de estimular a resolução colaborativa de problemas. Fundamentado no Construcionismo de Seymour Papert, que preconiza a aprendizagem pela criação de artefatos públicos e significativos, o estudo qualitativo, caracterizado como pesquisa-intervenção, foi realizado com uma turma de 5o ano de uma escola pública. A intervenção pedagógica, denominada oficina InovaMakers e fundamentada nos Três Momentos Pedagógicos, utilizou a construção de uma "Cidade Sustentável". A coleta de dados envolveu entrevistas semiestruturadas, observação participante e diário de campo, com análise orientada pelo Currículo de Referência em Tecnologia e Computação (CIEB) e pelas competências gerais da BNCC. Os resultados evidenciaram não apenas a mobilização dos quatro pilares do PC — abstração, algoritmos, decomposição e reconhecimento de padrões — mas também a emergência de competências socioemocionais, como colaboração, criatividade, engajamento e consciência cidadã. Dessa forma, a integração entre Cultura Maker e Pensamento Computacional potencializa a formação integral dos estudantes, em consonância com as diretrizes da BNCC e da Política Nacional de Educação Digital (PNED).