“OLHAR-SE NO ESPELHO E PERCEBER QUE NÃO REFLETE SÓ VOCÊ, MAS A ESCOLA COMO UM TODO”: APONTAMENTOS SOBRE MEMÓRIAS GESTORAS NA REDUÇÃO DE CONFLITOS
Conflitos; Gestão escolar; Justiça; Memórias; Política.
A presente tese investiga a relação entre memórias gestoras e redução de conflitos na escola. Tem como objetivo analisar como as experiências vividas por gestoras escolares contribuem para a adoção/adesão de estratégias para lidar com conflitos na escola. Para tal, questionamos como as experiências de vida contribuem em intervenções para a redução dos conflitos na escola. Como fundamentação teórica procuramos imprimir uma interpretação do real tomando como lente a memória na articulação com fenômenos presentes na sociedade, pautada teórico-metodologicamente em Benjamim, nas concepções de temporalidade, rememoração, história. Como recorte metodológico, deslocamos as narrativas das gestoras das escolas estaduais, localizadas no município de Igarassu – PE, reverberando-as em mônadas: centelhas de sentido que funcionam como parte-todo. Cada parte representa um todo e o todo pode ser representado por suas partes, sendo uma forma literária e estética de recorte da realidade que utiliza nas memórias a relação entre o pessoal/individual e o social. Através dessa montagem literária indicamos alguns apontamentos sobre as memórias gestoras, a saber: a compreensão sobre os conflitos e violências que se aproximaram da literatura deste estudo, sendo o conflito a não aceitação de algo e a violência algo que já aconteceu. As memórias referentes aos conflitos e violências sofridos refletem em ações do presente através de valores apreendidos. Estes valores são a base para construção do que é justo. As rememorações também propiciaram a reflexão de aproximações, desafios e particularidades da função gestora, indicando um movimento político-estético de sobrevivências em que a partilha do sensível e a emoção, enquanto moção, são fatores relevantes para (re)pensar a educação