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Banca de DEFESA: MARIA GEIZIANE BEZERRA SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA GEIZIANE BEZERRA SOUZA
DATA : 10/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: ONLINE
TÍTULO:

SABERES-FAZERES MOBILIZADOS POR PROFESSORAS CONSIDERADAS BOAS ALFABETIZADORAS: CONTRIBUIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA POR ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E AS RAZÕES PARA O RECONHECIMENTO SOCIAL, PELA COMUNIDADE ESCOLAR, CUJA BANCA EXAMINADORA SERÁ FORMADA PELOS SEGUINTES MEMBROS


PALAVRAS-CHAVES:

Boas alfabetizadoras. Saberes-fazeres. Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita. Reconhecimento social pela comunidade escolar.


PÁGINAS: 430
RESUMO:

Nosso objetivo geral foi o de compreender os saberes-fazeres mobilizados por professoras consideradas boas alfabetizadoras, com vista ao ensino da leitura e da escrita, suas contribuições para a aprendizagem de estudantes do 2º ano do ensino fundamental e as razões para seu reconhecimento social, pela comunidade escolar, enquanto profissionais eficientes. Nessa direção, dialogamos com estudiosos como Morais (2015; 2019), Soares (2016; 2020) e Mortatti (2000), ao discutir sobre os percursos históricos da alfabetização, e com autores como Tardif (2000), Certeau (1994), Chartier (2007) e Sales (2012), ao refletir sobre saberes-fazeres mobilizados no cotidiano escolar. Nossa pesquisa é composta por dois estudos, que emergem dos objetivos específicos deste trabalho. No primeiro estudo, objetivamos: a) Identificar professores/as considerados/as bons/as alfabetizadores/as pela comunidade escolar; b) Analisar as razões para o reconhecimento social das professoras mais indicadas; c) Mapear os perfis socioprofissionais das docentes que se sobressaíram nas indicações; d) Analisar, ao fim do ano letivo, os desempenhos em leitura e escrita dos/as alunos/as das turmas das professoras mais apontadas como boas alfabetizadoras. Para tanto, aplicamos questionários com diferentes segmentos da comunidade escolar, de uma rede municipal de ensino, do interior de Pernambuco, e realizamos, ao fim do ano letivo de 2019, atividades diagnósticas de apropriação do sistema de escrita alfabética e de leitura, compreensão e produção de textos escritos, para analisar os desempenhos apresentados pelos/as alunos/as de sete turmas, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, cujas professoras foram mais recorrentemente apontadas como eficientes pela comunidade escolar, nos questionários. Os dados foram tratados a partir da análise de conteúdo na perspectiva de Bardin (2004), e nos mostraram que as motivações das indicações de boas alfabetizadoras pelos diferentes grupos da comunidade escolar eram híbridas e remetiam aos saberes-fazeres que pareciam ser mobilizados pelas docentes, mas, também, ao saber-fazer (ter competência para alfabetizar) e ao saber-ser. Constatamos, também, que havia considerável diferença entre os resultados das crianças dos mesmos anos/séries nas atividades de leitura e escrita de palavras que foram realizadas, embora todas as docentes tenham sido indicadas como eficientes. Os desempenhos revelados pelos/as estudantes demonstraram, ainda, que apenas duas docentes reconhecidas como boas alfabetizadoras obtiveram resultados pouco satisfatórios com seus/suas alunos/as no que diz respeito à apropriação do SEA. As performances das crianças evidenciaram, ainda, que as profissionais que tiveram muitas indicações em relação às demais, de fato, foram mais bem-sucedidas. Contudo, ressaltamos que é preciso considerar que a relação entre número de indicações e o sucesso no ensino não parece ser uma relação sempre verificável. O “Estudo II” contou com o protagonismo das duas alfabetizadoras, cujas turmas alcançaram os melhores desempenhos nas atividades aplicadas em 2019, e teve como objetivos específicos identificar e analisar os saberes-fazeres mobilizados pelas professoras para o ensino: a) da consciência fonológica; b) das letras do alfabeto; c) da leitura e da escrita de palavras; d) da leitura e da compreensão e da produção de textos escritos; e mensurar e analisar os percursos de aprendizagens dos/as alunos/as em relação às letras do alfabeto, à consciência fonológica, à leitura e à escrita de palavras e à leitura e compreensão de textos escritos, frente aos saberes-fazeres mobilizados pelas professoras. Para alcançar tais objetivos, realizamos observações participantes e entrevistas semiestruturadas com as duas participantes, em três períodos diferentes do ano letivo de 2022, no contexto “pós pandemia”. Nos mesmos períodos, aplicamos, com as crianças dos dois grupos-classe, atividades diagnósticas de consciência fonológica, nomeação das letras do alfabeto, leitura e escrita de palavras, e leitura e compreensão de textos escritos. Os dados do “Estudo II” revelaram que, em meio às escassas oportunidades de formação continuada que tiveram, ao longo de sua trajetória profissional, as alfabetizadoras tateavam maneiras de alfabetizar letrando, ainda que investissem mais na “faceta linguística” da língua escrita; compreendiam a necessidade de ensino sistemático do sistema de escrita alfabética; e entendiam que é necessário que, na escola, os/as estudantes tenham a oportunidade de ler e compreender textos de diferentes gêneros, que circulam no meio social. Constatamos, também, distanciamentos em relação aos saberes-fazeres mobilizados, entre eles a valorização da leitura deleite e a compreensão de sua pertinência para a formação de leitores, que marcou a prática de ensino da professora 2.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2364398 - ALEXSANDRO DA SILVA
Presidente - 1132499 - ARTUR GOMES DE MORAIS
Interna - 1134526 - ELIANA BORGES CORREIA DE ALBUQUERQUE
Externa à Instituição - LEILA NASCIMENTO DA SILVA
Externa à Instituição - SARA MOURÃO MONTEIRO - UFMG
Notícia cadastrada em: 10/03/2025 12:25
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