MEMÓRIAS, INFÂNCIAS E PEDAGOGIAS: processos de rememoração e possibilidades de pedagogias elaborados por sujeitos políticos crianças
Memória. Infância. Criança. Pedagogia. Política. Sujeito. Educação. Passado. Presente.
As memórias são movimentos de construção, reconstrução, significação e ressignificação do passado e do presente de coletividades humanas. Nesses processos de permanente criação, elas possibilitam formulações políticas e pedagógicas. Desde a formação das primeiras sociedades humanas, os atos de rememoração fundamentam formas de pensar e fazer política e educação. Além disso, as reminiscências são também experiências constituídas por sujeitos e constitutivas de sujeitos, sejam eles crianças ou adultos. As crianças, que, como afirma Benjamin (2012), formam seu mundo inseridas no mundo maior das sociedades, são os sujeitos centrais desta tese, que propõe uma reflexão teórica sobre as possibilidades de elaborações de pedagogias políticas a partir de ideias, perguntas e críticas advindas das memórias de meninos e meninas. Os argumentos estão fundamentados em teorias da Filosofia da História, Filosofia da Educação, Filosofia da Infância e Teoria do Discurso, especialmente a partir dos pensamentos de Walter Benjamin, Paulo Freire, Ernesto Laclau e Chantal, Mouffe, mas estabelecendo diálogos também com Maurice Halbwacs, Michael Pollak, Walter Kohan, Jacques Rancière e Miguel Arroyo, bem como em conceitos próprios do autor. Experiências de crianças, documentadas em publicações de organizações e movimentos populares, foram apresentadas e analisadas como aprofundamentos das ideias expostas. A análise de conteúdo foi a técnica de pesquisa que auxiliou a seleção de documentos e a identificação dos trechos ou fragmentos importantes para o debate.