O CANTO SILENCIOSO DAS SEREIAS E A FORMAÇÃO HUMANA: Fragmentos ensaísticos para uma genealogia cósmica da ralé
Formação humana; Experiência estética; Canto das sereias; Genealogia; Ralética.
A presente tese teve como objetivo desenvolver uma genealogia cósmica da ralé especulada entre o canto das sereias e o mundo da educação. Operamos com dois objetivos específicos, primeiro, analisamos o empobrecimento da capacidade humana de fazer experiências formativas, segundo, cartografamos uma constelação sirênica ocultada pelas principais matrizes filosófico-educacionais. A ideia consistiu, portanto, em expressar uma experiência de pensamento que conspirasse com a formação de um ethos capaz de nos colocar à escuta dos desafios que atravessam a formação humana na atualidade. Iniciamos a partir de uma zona cinzenta e desconcertante entre a ralé e a formação humana, tomando como intercessor o canto das sirenas. No primeiro capítulo abordamos “A Formação Das Sereias” para pensar a partir do mundo mítico a existência histórica. No segundo, o desafio de pensar a formação da Ralé do Ponto de Vista das Sereias-Senhoras” apoiado na experiência interior. Por fim, “A Genealogia Cósmica da Ralé” fizemos uma releitura da genealogia crítica de Nietzsche para problematizar o cosmos em termos de uma pluralidade de agenciamentos. Essa genealogia foi destravada pelo acontecimento dado pelo silêncio dos sobreviventes. Fato que nos levou para um resultado surpreendente: assim como nossa ralé está para a força entranhada nos sobreviventes, o silêncio das sereias está assentado para a força mítica, e ambos sustentam um poder formativo incomum para os sujeitos da educação, o que confluiu para a criação da categoria ralética.