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Banca de DEFESA: RODOLFO RODRIGO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODOLFO RODRIGO DA SILVA
DATA : 21/03/2023
HORA: 15:00
LOCAL: VIA VIDEOCONFERÊNCIA GOOGLE MEET
TÍTULO:

Dos Bailes de Galera a campanhas educativas contra o assédio feminino: como o Brega Funk recifense vem sendo construído nos jornais de Pernambuco.


PALAVRAS-CHAVES:

Jornalismo; Brega Funk; Recife.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

Considerado um hibridismo entre o Brega recifense, o Funk carioca e o Tecnobrega paraense, o gênero musical Brega Funk recifense vem experimentando um crescimento nas notícias, plataformas digitais e nas  redes sociais virtuais, além de ser incorporado em campanhas políticas e educativas. Compreendendo o jornalismo como forma de conhecimento não formal e como contribuinte para que homens e mulheres entendam o mundo em que vivem buscaremos, com esta pesquisa, refletir como o jornalismo enquadra, em suas notícias e reportagens, o Brega Funk: se mostra seu alcance no cenário nacional, bem como suas reapropriações, como a escolha do ritmo para campanhas educativas contra assédio, por exemplo. Se faz isso, mas continua reforçando a criminalização da sua manifestação nas periferias, associando o gênero musical a disputas que envolvem tráfico de drogas e brigas entre torcidas organizadas dos times de futebol da cidade. Assim, a pergunta- problema que norteia nossa pesquisa é: Como o Brega Funk recifense vem sendo construído pelo jornalismo recifense? A partir da pergunta definimos nosso objetivo geral que é entender qual enquadramento é dado ao Brega Funk pelo jornalismo de Recife. Para responder a pergunta, nos debruçamos
nas Teorias do Jornalismo introduzindo a discussão do jornalismo como forma de conhecimento, analisando valores-notícia e enquadramento da mídia levando em consideração a sua contribuição na construção da realidade; bem como em pesquisas sobre o gênero musical Brega e as suas vertentes. Usamos como métodos, a pesquisa bibliográfica e documental e a análise de conteúdo (quantitativa e qualitativa). Para coletar os dados, utilizamos os sítios digitais de três veículos jornalísticos pernambucanos: o Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco e Diario de Pernambuco, no período de 2004 a 2019 – desde o rompimento da cena Funk no Recife e marginalização dos encontros dos MC’s até a inserção do Brega Funk em campanhas institucionais; elencando as fases do Brega Funk na mídia recifense. Depois da recolha, selecionamos apenas os conteúdos que citam o Brega Funk (entre reportagens, notas e notícias), a fim de responder às perguntas que conduzem esta pesquisa. A partir da análise de conteúdo dos dados coletados, foram encontrados enquadramentos como "movimento cultural" e "resistência", que destacam o potencial do Brega Funk como uma expressão cultural legítima e autêntica. No entanto, ao mesmo tempo, foram identificados enquadramentos negativos que associam o gênero musical a um "lugar inseguro", "estigmatizado", "instável", "cafona" e "machista". Esses enquadramentos reforçam estereótipos e preconceitos em relação ao Brega Funk e limitam sua valorização e reconhecimento como uma manifestação cultural importante na cena musical de Pernambuco. Dessa forma, a pesquisa conclui que, apesar do crescimento do Brega Funk em Recife, o jornalismo local ainda reproduz estigmas e preconceitos em relação ao gênero musical, ao mesmo tempo em que também destaca suas virtudes e resistência como um movimento cultural. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2447602 - GIOVANA BORGES MESQUITA
Externa à Instituição - KAROLINA DE ALMEIDA CALADO - UFS
Interno - 2322090 - THIAGO SOARES
Notícia cadastrada em: 20/03/2023 16:23
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