GESTOPIA - a imagem como corpo utópico do gesto
Corpo, Gesto, Imagem, Cinema.
Como num tear, onde os fios vão se encontrando e se afastando, se emaranhando e se soltando, a tese parte de três longas-metragens - Câmara de Espelhos (2016), AGORA (2020) e Segunda Pele (2025) - , em associação com os conceitos de corpo, gesto e imagem, para construir um pensamento sobre a imagem como corpo utópico do gesto. Pensando-com Didi-Huberman, Marie-José Mondzain, Laura Marks, Shaviro e Del Rio, em imagem; Giorgio Agamben e Warburg, em gesto; e Foulcault, Artaud, Haraway, Lygia Clark, Preciado, Anna Tsing, em corpo, a tese se move por perguntas como: a imagem pode ser pensada como um corpo? Qual seria o corpo da imagem? E esse corpo é capaz de abrigar o gesto agambiano? É nessa costura que nasce a ideia de gestopia da imagem, uma busca por uma imagem que seja capaz de nos despertar da dormência do espetáculo, capaz de acordar nossos corpos.