Teatro em Rede: a produção de presença nos experimentos virtuais pandêmicos do grupo Magiluth e da Armazém Companhia de Teatro
Teatro digital; Produção de presença; Magiluth; Armazém Companhia de Teatro; Performance; Experiência estética
Esta dissertação investiga os efeitos de produção de presença nas obras Tudo que coube numa VHS, do Grupo Magiluth, e Parece loucura mas há método, da Armazém Companhia de Teatro. Criadas durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19 no Brasil, em 2020, quando os encontros presenciais estavam proibidos, esses trabalhos
foram desenvolvidos para a realização on-line, ao vivo, utilizando as plataformas digitais e suas ferramentas específicas para propor experiências artísticas que estimulam a participação dos espectadores. A partir de correntes teóricas como Materialidades da Comunicação e Produção de Presença, de Gumbrecht, dos Estudos de Performance, dos Estudos de Plataforma, com Carlos D’Andréa, e da Teoria Ator-Rede, e com referências como Diana Taylor e Josette Féral, e pesquisadores do Teatro, como Jorge Dubatti, e da cultura digital, busca-se analisar as estratégias empregadas por esses coletivos de teatro para estabelecer relações de proximidade como o público, através da mediação das máquinas, e estimular a sensação de presença, mesmo à distância. A pesquisa apresenta ainda um panorama histórico da relação do teatro com as tecnologias digitais e de que formas a experiência estética dos espectadores podem ter sido moldadas pelas particularidades do contexto histórico e do uso das ferramentas digitais.