EU NO MUNDO: DOS FILMES EM PRIMEIRA PESSOA ÀS MICRONARRATIVAS AUDIOVISUAIS CONTEMPORÂNEAS
Autoinscrição fílmica, Eu, Instagram, Realizadoras pernambucanas
Na contemporaneidade emerge um desejo de expressão subjetiva, que se manifesta na circulação dos discursos em primeira pessoa presentes em diferentes plataformas, dentre elas o cinema e os aplicativos dos celulares. Esta profícua produção imagética, dinamizada pelas novas tecnologias e intensificada pelas práticas comunicacionais que se dão no universo online, evidencia e fomenta o falar de si para uma plateia. Neste trabalho, investigo o fenômeno da autoinscrição fílmica, presente nos filmes em primeira pessoa, e como estes se deslocam das salas escuras do cinema para uma virtualidade, quando a prática é feita por realizadoras audiovisuais em seus @perfis nas redes sociais. Para tal, realizo este estudo em três etapas e inicio fazendo uma revisão bibliográfica acerca do fenômeno desde sua inquietação presente na pintura e na literatura. De forma a amparar a conceptualização, elejo as obras As Praias de Agnès (Les Plages d'Agnès), A Month of Single Frames, Nome de Batismo – Alice, News from home, Sink or Swi) e A Entrevista enquanto filmes em primeira pessoa. Em seguida, aplico o método de análise comparatista presente na constelação fílmica e também o aciono nas micronarrativas audiovisuais contemporâneas, publicações feitas no Instagram, pelos perfis @laiseque & @ilhadelaise, @dandarademorais & @diariosdeborder, @almanova8, @eu_sou_yane, @tretasan & @rebu.doc, @costadarenna, e @aurorajamelo. Por fim, localizando-me enquanto autora-narradora-pesquisadora, realizo uma entrevista semiestruturada com as realizadoras-administradoras-protagonistas dos @perfis selecionados.