PPGCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - CAC DEPARTAMENTO DE COMUNICACAO SOCIAL - CAC Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: PATRÍCIA DE SOUZA NUNES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRÍCIA DE SOUZA NUNES
DATA : 15/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência Via Google Meet
TÍTULO:

A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NA COMUNICAÇÃO VISUAL URBANA NO BRASIL E NA ESPANHA


PALAVRAS-CHAVES:

publicidade exterior; intervenção urbana; representação de mulheres; corpo feminino; proposta multimodal; interseccionalidade.



PÁGINAS: 406
RESUMO:

Os aparatos imagéticos que compõem o espaço público das cidades são entendidos como linguagem e produtores de sentidos. Partindo desse entendimento, esta pesquisa estuda como as mulheres são representadas a partir de elementos visuais da comunicação urbana e como essas mensagens são percebidas pelo público feminino. Nesse sentido, busca-se analisar as imagens de mulheres na publicidade exterior e nas intervenções urbanas (grafites, pichações e lambe-lambes) nas cidades de Natal, Rio Grande do Norte (Brasil), Recife, Pernambuco (Brasil) e Barcelona (Espanha). Metodologicamente, emprega-se a observação etnográfica em 14 vias dessas cidades entre os períodos de 2020 e 2023, com coleta de 670 imagens publicitárias e 388 imagens de intervenções urbanas. Para verificar a recepção, foram realizadas entrevistas com 30 mulheres nas cidades. Para entender a percepção da produção, foram entrevistadas quatro artistas de intervenções urbanas. Como aporte teórico e metodológico, utiliza-se a proposta metodológica multimodal de Lorite (2021), a compreensão de identidade cultural de Hall (2006) e a interseccionalidade de Collins (2021), buscando identificar ausências e presenças de identidades nas representações. Reflete-se não apenas sobre a visibilidade da diversidade, mas também sobre as propostas apresentadas nos discursos sobre as mulheres. Utilizam-se também os contributos dos estudos urbanos, que consideram a cidade como linguagem e comunicação e a formação de paisagens simbólicas, como Silva (2011) e García Canclini (1990), além de discussões sobre grafismos como símbolos urbanos, como Baldissera (2019) e Tvardovskas (2013). Como resultado, observa-se que as imagens publicitárias têm vieses machistas, racistas, classistas, etaristas e capacitistas, onde as mulheres são sub-representadas. As personagens são, majoritariamente, jovens, brancas, magras e ricas. Há uma convocação ao emagrecimento e ao corpo feminino liso, além da reiteração de papéis como mulher profissional, familiar, bela, erótica e consumidora. Mulheres negras são frequentemente inferiorizadas em comparação com as brancas, e há uma objetificação generalizada do corpo feminino, com o padrão de casal heterossexual predominante e apelo constante à sensualidade, especialmente em anúncios de moda e perfume. Nas intervenções urbanas, em compensação, percebe-se maior diversidade de corpos femininos, incluindo personalidades históricas dos movimentos sociais e políticos, além de maior presença de mulheres negras, indígenas, idosas, com deficiência e LGBTs. Em conclusão, observa-se que essas expressões visibilizam corpos com imperfeições, questionam o governo e a mídia, apresentam pautas como feminicídio e legalização do aborto, e reivindicam os direitos ao corpo e à liberdade sexual feminina. Quanto à produção, destaca-se um cenário crescente de mulheres na arte urbana, especialmente no grafite, embora enfrentem percalços devido ao machismo. As receptoras reconhecem uma tentativa de representação da diversidade feminina pela publicidade, todavia preferem as representações das intervenções urbanas por refletirem mais suas pautas cotidianas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - NICOLÁS LORITE GARCÍA - UAB
Interna - 1241843 - FERNANDA CAPIBARIBE LEITE
Presidente - 1130893 - ISALTINA MARIA DE AZEVEDO MELLO GOMES
Externo à Instituição - JOSENILDO SOARES BEZERRA - UFRN
Interna - 2133092 - SORAYA MARIA BERNARDINO BARRETO JANUARIO
Notícia cadastrada em: 05/07/2024 20:14
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