PPGCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - CAC DEPARTAMENTO DE COMUNICACAO SOCIAL - CAC Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: PEDRO LOURENCO DA SILVA NETO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO LOURENCO DA SILVA NETO
DATA : 26/10/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Videoconferência Via Google Meet
TÍTULO:

Imagens de Defesa: enquadramentos da violência policial pelas mídias radicais alternativas


PALAVRAS-CHAVES:

imagens de violência; violência policial; enquadramento; mídia radical alternativa; redes digitais


PÁGINAS: 182
RESUMO:

Nesta dissertação, questionamos, como problema de pesquisa, como as mídias radicais alternativas constroem produtos midiáticos a partir de imagens de violência policial. Buscamos identificar e compreender as diversas formas como movimentos sociais, veículos e agentes de comunicação ativista e alternativa utilizam imagens flagrantes de abusos cometidos por agentes de segurança na composição de seus materiais. Partimos das hipóteses de que muitas dessas iniciativas estruturam-se segundo os preceitos profissionais e textuais do
jornalismo, resultando em um jornalismo de defesa. Tal fenômeno seria fundamentado sobre a circulação de Imagens de Defesa – flagrantes e representaçõesda brutalidade que buscam cessar a truculência e letalidade que marcam o trato das populações marginalizadas. A Teoria do Enquadramento nos serve de base para
compreender tanto a instrumentalização das imagens como ferramentas de dominação quanto os processos de desenquadramento promovidos como resposta à violência (Butler, 2018; Sontag, 2003). Nas tentativas de resistência à desumanização, a comunicação por vezes configura-se como tática de autodefesa dos povos (Dorlin, 2020), situando esses esforços informacionais na categoria de Mídia Radical Alternativa em razão de seus contextos e propósitos (Downing, 2004). Na atualidade informatizada, as dinâmicas entre os atores nas redes digitais alimentam comoção e revolta online através de imagens e relatos da violência policial, chegando a insuflar protestos nas ruas, influenciar ações políticas e jurídicas, elucidar casos e pautar os veículos tradicionais de imprensa (Mattos, 2017). Tais denúncias, reações e debates escrevem um novo capítulo das revoltas raciais contra a violência policial (Hinton, 2021). Para analisar nosso objeto, selecionamos, através de um processo de autonetnografia (Amaral, 2009), um corpus composto por projetos brasileiros de mídia radical alternativa disponibilizados online entre 2020 e 2022. Com o auxílio dos instrumentos da Análise de Conteúdo (Bardin, 2002) e da “leitura crítica de narrativas audiovisuais”, desenvolvida por Becker (2012), pudemos apontar como iniciativas de jornalismo de defesa, campanhas de combate, artivismo e mídia independente opinativa, através do uso diverso de flagrantes e representações da violência policial, que buscam promover a  segurança da população e a preservação dos direitos e dignidade das vítimas. Concluímos esta investigação reconhecendo o importante papel que essas imagens têm nas lutas por proteção e responsabilização na atualidade, mas apontando a necessidade de discussão sobre a revitimização que seu uso indiscriminado pode promover. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MÁRCIA GUENA DOS SANTOS - UNEB
Interna - 1923882 - CAROLINA DANTAS DE FIGUEIREDO
Presidente - 2447602 - GIOVANA BORGES MESQUITA
Notícia cadastrada em: 04/10/2023 09:47
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