CRIADORAS-CRIATURAS: MONSTRUOSIDADE FEMININA NO CINEMA DE HORROR FEITO POR MULHERES
Monstruosidade; Representação Feminina; Cinema de Horror; Experiência Estética;
O presente trabalho investiga a monstruosidade feminina representada dentro de obras audiovisuais do gênero de Horror feitas por mulheres. Através da análise de diversos filmes dirigidos por mulheres, pretende-se enxergar as novas potencialidades que surgem a partir da figura da mulher monstruosa no momento em que diretoras e roteiristas começam a criar suas próprias narrativas e a participarem do cinema como criadoras ativas, tornando-se também criaturas à medida que colocam sua própria monstruosidade, a monstruosidade feminina, como objeto de exploração. Através da auto representação - cineastas mulheres retratando mulheres monstruosas - as figuras monstruosas fogem do olhar do ‘outro’ e criam um produto fílmico insólito, trazendo
consigo novas possibilidades e potencialidades estéticas e narrativas. A pesquisa faz a seguinte questão: “O que pode um corpo monstruoso?” A tese propõe a hipótese de que este corpo monstruoso tem potencial para ser uma possibilidade de existência política ora das sombras do patriarcado e da heteronormatividade. O aparato teórico da pesquisa põe em pauta o trabalho de autores como Paul B. Preciado, Julia Kristeva, Judith Butler, Gilbert Durand e Silvia Federici, dentre outros teóricos que se dedicam à pesquisa da experiência estética, da monstruosidade e dos estudos de gênero.