O (MICRO)TRABALHO NA ERA DO CAPITALISMO DE PLATAFORMA: DA PRECARIZAÇÃO AO COOPERATIVISMO
Crises Estruturais; Capitalismo de Plataforma; Microtrabalho/Crowdwork; Precarização; Proteção.
A presente dissertação visa analisar as transformações e a precarização do trabalho na era do capitalismo de plataforma, com um foco particular no microtrabalho (crowdwork), servindo como uma lente para examinar a precariedade resultante do sistema capitalista sobre a sociedade trabalhadora. Sob o paradigma da heteromação, o loop humano se torna essencial, porém marcado pela precariedade. A baixa e variável remuneração, instabilidade, insegurança, informalidade, sobrecarga e ausência de regulação são camuflados pela busca por flexibilidade, autonomia e renda. Objetiva-se neste estudo analisar o fenômeno do microtrabalho no Brasil, investigando especificamente seus impactos sociais, econômicos, regulatórios e protecionais. Além disso, a pesquisa discute a viabilidade de mecanismos como o reconhecimento de vínculo empregatício e o cooperativismo de plataforma como possíveis mecanismos para mitigar a precariedade exacerbada pelo capitalismo e suas crises estruturais. O método utilizado neste estudo será o dialético, que consiste em compreender os fenômenos em sua interdependência e constante transformação. Além disso, quanto à abordagem, será utilizada a qualitativa, ou seja, voltada para a parte subjetiva da problemática, capaz de identificar e analisar dados que não podem ser expressos de forma exclusivamente numérica. Ainda, é válido pontuar que o trabalho será realizado através de pesquisa bibliográfica de autores especialistas sobre o tema, a partir de fontes já elaboradas (livros, artigos científicos, publicações periódicas, teses, dissertações), fazendo assim uma análise com base em conteúdo crítico, com o propósito de levantar um arcabouço rico que servirá de base no processo de construção da pesquisa.