OS IMPACTOS DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA NO TRABALHO DAS
MULHERES DO SETOR TÊXTIL DE TORITAMA/PE.
Mulheres; capitalismo; setor têxtil; Direito do Trabalho; precarização.
A sociedade brasileira carrega marcas de um passado colonial, patriarcal, sexista e desigual, o
que tem suscitado discussões acerca de questões que deveriam estar superadas, sob o ponto de
vista da igualdade e da dignidade humana, inclusive no mundo do trabalho. Nesse sentido, a
presente pesquisa desenvolve-se a partir da conjuntura política, social e econômica do Brasil
atual, estruturando-se nos pilares do patriarcado, do modo de produção capitalista, da
desigualdade de gênero e da precarização do trabalho, sobretudo no que tange aos impactos na
efetivação dos direitos das trabalhadoras do setor têxtil de Toritama/PE. Problematiza-se a
(in)efetividade dos direitos das costureiras, com ênfase nos obstáculos impostos pelo modo de
produção vigente e seus reflexos nas condições de vida e de trabalho daquelas que compõe o
setor, a partir das ideias de estudiosos como Karl Marx, Heleieth Saffioti e Helena Hirata. Em
termos teóricos e metodológicos, faz-se uso do método dialético, a fim de encontrar subsídios
para uma interpretação dinâmica do referido segmento da sociedade. Sob essa ótica, propõe-se
um estudo exploratório, por meio de uma abordagem qualitativa e de uma pesquisa
bibliográfica, a fim de conhecer as raízes históricas das desigualdades de gênero no mundo do
trabalho, além da coleta de dados realizada mediante entrevistas semiestruturadas e aplicação
de formulários no sentido de ouvir e de compreender o discurso e a realidade das mulheres que
formam o objeto de estudo da pesquisa. Os resultados alcançados indicam a necessidade de
fomentar políticas sociais e jurídicas, bem como ações afirmativas voltadas à maior efetivação
dos direitos das trabalhadoras do setor; sobretudo diante das transformações que a Indústria 4.0
impõem ao mundo do trabalho.