Comparacao dos efeitos da estimulacao transcraniana por corrente continua no cortex motor laringeo e cerebelar
associada a terapia fonoaudiologica na disartria hipocinetica em pessoas com Doenca de Parkinson
Doença de Parkinson. Estimulação transcraniana por corrente contínua. Fonoterapia. Disartria hipocinética.
Introdução: A doença de Parkinson tem origem neurodegenerativa, caracterizada pela produção deficitária de dopamina, sendo a disartria um sintoma comum. Este transtorno motor da fala pode afeta significativamente a qualidade de vida e a comunicação. Método: Estudo de intervenção pré- pós, composto por 16 participantes com diagnóstico com DP, reunidos em dois grupos com 8 participantes em cada, na qual um grupo realizou a estimulação transcraniana por corrente contínua cerebelar (ctDCS), e outro a estimulação por corrente contínua no córtex motor laríngeo (tDCS no CML). Concomitando com a tDCS foi realizado o exercício de trato vocal semiocluído com tubo de silicone e posteriormente executado a cartilha fonoaudiológica de exercícios de fala. Resultados: Quando comparado os parâmetros vocais e de fala, de ambos os grupos, foi possível observar que o grupo de tDCS no CML apresentou melhora nas variáveis (fonação (p= 0,037), intensidade vocal (p=0,023) e articulação de fala (p=0,020)), já o de ctDCS demonstrou melhoras nos elementos (fonação (p=0,008), respiração (p=0,037), TMF (p=0,023) e na produção do formante da vogal /e/ em F2 (p=0,039)). Conclusão: A tDCS no CML e a ctDCS associada a terapia fonoaudiológica mostrou-se uma ferramenta terapêutica benéfica na redução da gravidade da disartria em pessoas com DP. Quanto a melhora nas bases motoras da fala, ambos os grupos demonstraram benefícios quanto a fonação, no entanto, a tDCS no CML apresentou melhora principalmente relacionada as variáveis de articulação, e a ctDCS com melhora na respiração.