RISCO DE SARCOPENIA E FATORES ASSOCIADOS EM PESSOAS IDOSAS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
Envelhecimento. Pessoas idosas. Instituição de longa permanência para idosos. Sarcopenia. Estado nutricional.
O envelhecimento é um processo que ocorre ao longo da vida, de forma progressiva para todos os indivíduos, tratando – se da ocorrência de alterações em fatores fisiológicos, funcionais, biológicos, culturais e sociais. O declínio funcional em múltiplos sistemas de órgãos é umas das principais causas de vulnerabilidade e pode levar a quedas, incapacidades, hospitalização e, em estágios avançados, morte. Algumas das condições observadas no envelhecimento ocorrem devido a mudanças na composição corporal, como aumento da adiposidade e diminuição da massa muscular magra, particularmente a massa muscular esquelética. Essa condição é chamada de sarcopenia, caracterizada pela redução da massa muscular e se constitui em um transtorno progressivo e generalizado da musculatura esquelética. A sarcopenia, tem sido considerada como um fator importante de risco para a redução da mobilidade, maior número de quedas e fraturas, e está intimamente ligada com taxas elevadas e internações hospitalares, institucionalizações, dependência, piora na qualidade de vida e mortalidade. O aumento da expectativa de vida, assim como as mudanças que vêm ocorrendo na estrutura familiar são fatores que contribuem para aumento proporcional do número de pessoas idosas vivendo sozinhas. O cuidado com a pessoa idosa no ambiente familiar encontra resistência no tamanho das famílias, que estão menores, geograficamente dispersas e complexas. Existem situações em que o idoso necessita de assistência, mas o ambiente familiar não propicia. Logo, como alternativa de moradia para a pessoa idosa surgiram as Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPIs), públicas ou privadas. Apesar de as ILPI’s atenderem às necessidades básicas da pessoa idosa, como moradia adequada, boa higiene, alimentação e acompanhamento médico, há uma espécie de isolamento de suas atividades familiares e sociais, vivendo muitas vezes em situações de readaptação às atividades de vida diária e hábitos biológicos como o sono e a alimentação, que podem afetar a sua qualidade de vida. Diante disso, é notório a predisposição ao risco de sarcopenia na pessoa idosa institucionalizada. Assim, torna – se fundamental avaliar de maneira precoce, o risco e os fatores que possam estar associados, de forma de minimiza – os, propiciando intervenções específicas, de forma multiprofissional e favorecendo melhores desfechos, voltados a promoção de saúde, bem-estar e qualidade de vida desta população. Portanto, o presente estudo tem por objetivo investigar associações entre o risco de sarcopenia e envelhecimento e os possíveis fatores associados em pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência.