CONSTRUÇÃO DE UMA CARTILHA EDUCACIONAL SOBRE TURISMO DE SAÚDE PARA A PESSOA IDOSA NO BRASIL
Turismo odontológico. Turismo de Saúde. Idoso. Gerontologia.
É notável o crescente envelhecimento da população mundial, com esse aumento vem atrelada também a necessidade de cuidados com a saúde, hábitos e qualidade de vida. Há um aumento no deslocamento de pessoas entre países, estados e até mesmo cidades no país de origem, com ênfase de tratarem problemas de saúde. Esse tipo de movimentação é chamado de Turismo de Saúde e se entende pelo ato de viajar para obter tratamento e atendimento médico. A pessoa idosa tem sido apontada como um nicho importante para o mercado turístico, sendo inclusa em projetos específicos do Ministério do Turismo, por sua representatividade e crescimento populacional nos últimos anos. OBJETIVO: Descrever o processo de construção de uma cartilha educacional sobre turismo de saúde para a pessoa idosa no Brasil. MÉTODO: trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido em duas etapas: a) levantamento bibliográfico; b) elaboração de material educativo. A construção da cartilha sobre Turismo de saúde para idosos no Brasil, tem a finalidade de auxiliar os idosos e familiares nas escolhas seguras para a realização de tratamento fora de seu domicilio com segurança tanto nos aspectos financeiro de saúde, lazer e bem estar. RESULTADOS: a construção da cartilha ocorreu conforme as orientações de Sabino et al (2018) e Moreira, Nóbrega e Silva (2003), e seguiu os seguintes tópicos e temas: abordou-se a história e as origens da prática do turismo de saúde desde a Grécia Antiga e Roma. O conceito de turismo e de turismo de saúde são explanados e diferenciados, evidenciando que o turismo de saúde é uma vertente crescente. O turismo de saúde se configura como uma modalidade em que o objetivo da viagem está diretamente relacionado a algum tipo de tratamento médico, cirúrgico ou cuidado ligado à área da saúde. Nesse tipo de turismo, os idosos buscam hospitais e instituições de renome internacional, com equipamentos tecnológicos avançados e, possivelmente, preços mais acessíveis. Além disso, o turismo de saúde envolve não apenas o tratamento médico, mas também o bem-estar físico e mental, tornando a experiência completa e restauradora. Cientes dos benefícios e desejos buscados, alerta-se sobre escolher o provedor de saúde errado pode ter consequências significativas. Primeiro, há riscos à saúde: optar por um provedor inadequado pode resultar em tratamentos ineficazes ou até prejudiciais, especialmente se não houver regulamentação adequada. Além disso, há o desperdício financeiro: investir em serviços de baixa qualidade ou desnecessários pode ser dispendioso, considerando também os custos adicionais, como viagens e acomodações. A frustração e o desapontamento também são possíveis resultados, pois expectativas não atendidas podem levar à insatisfação geral e afetar negativamente a experiência de viagem. Por outro lado, o turismo em saúde oferece benefícios, como acesso a tratamentos especializados com profissionais altamente qualificados e tecnologia avançada. Além dos cuidados médicos, o bem-estar holístico é considerado, incluindo atividades de relaxamento e bem-estar em ambientes naturais e culturais. E, por fim, a exploração de destinos: o turismo em saúde permite conhecer novos lugares enquanto cuida da saúde, combinando tratamento com experiências culturais e sociais. Para além deste, ressalta a necessidade de segurança, infraestrutura e adaptações para recepção do turista idoso. Permitir a navegabilidade e usufruto por meio da acessibilidade geral. Ainda na vertente das necessidades, pontua-se que a legislação para o tema é insuficiente, sendo atrelada a outras legislações sem caráter específico e que não regulamentam o setor. Por fim, aborda-se mais tópicos gerais, com dicas, instruções e informações sobre o turismo de saúde para a pessoa idosa no brasil. CONCLUSÃO: As cartilhas educativas devem ser adequadas desde a linguagem empregada, seleção de conteúdo, design e diagramação para o público alvo a que se destinam. No caso dos idosos que estão à busca de tratamento fora de seu domicilio orientações para uma escolha acertada se faz necessária, desde o aspecto ético, econômico, emocional, social/cultural e familiar.