CARACTERIZAÇÃO PALEOAMBIENTAL DA FASE PÓS-RIFTE DAS BACIAS DO ARARIPE E JATOBÁ, NORDESTE DO BRASIL: inferências palinológicas e palinofaciológicas
MOA; palinologia; zona; paleoambiente
Localizadas no Nordeste brasileiro, as bacias do Jatobá e do Araripe ainda geram discussões sobre o contexto de sua evolução, no que diz respeito à influência marinha e ao seu intervalo temporal. São compostas por rochas siliciclásticas intercaladas com níveis de calcário e evaporitos, das quais foram descritas 250 amostras palinológicas. Com esses dados, foi possível refinar o intervalo temporal e as condições deposicionais das sequências Neo-aptianas das bacias do Araripe e Jatobá. Evidências palinológicas identificam, para as duas bacias, a palinozona (P-270), além da identificação de 156 táxons. A determinação de espécies-guia é marcada pela palinozona P-270, definida pela ocorrência de Sergipea variverrucata. A presença de palinomorfos marinhos (e.g., Subtilisphaera sp. e palinoforaminíferos) indica incursões marinhas nas bacias. Com base em associações palinológicas e fácies sedimentares, determinou-se que o sistema deposicional do Grupo Santana em ambas as bacias compreende um sistema fluvio-deltaico depositado durante o Aptiano Inferior, bem como ambientes lagunares semifechados e ambientes marinhos rasos depositados durante o Aptiano Superior. Adicionalmente, são registradas ocorrências de palinoforaminíferos em amostras da Formação Crato, evidenciando as primeiras incursões marinhas nas bacias.