Banca de DEFESA: MARCELLA CYNTHIA CAVALCANTE DE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELLA CYNTHIA CAVALCANTE DE ARAUJO
DATA : 16/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Pós-Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:
AVALIAÇÃO DA PEGADA HÍDRICA DO CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM REGIÕES DE AGRESTE E ZONA DA MATA EM PERNAMBUCO: SUBSÍDIOS PARA MELHORES PRÁTICAS DE MANEJO DA ÁGUA

PALAVRAS-CHAVES:
Fatores Climáticos; Cultivo Agrícola; Agricultura Irrigada; Precipitação; Manejo de Recursos Hídricos.

PÁGINAS: 97
RESUMO:
A cana-de-açúcar é uma das principais culturas do Brasil, tendo grande relevância nas indústrias de açúcar e etanol. O presente estudo tem como objetivo analisar a Pegada Hídrica (PH) do cultivo de cana-de-açúcar nas bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém e Una, localizadas no estado de Pernambuco, com ênfase nas regiões do Agreste e da Zona da Mata. A metodologia adotada para calcular a Pegada Hídrica envolveu a avaliação dos componentes de água verde (precipitação) e água azul (irrigação), com o cálculo da quantidade de água necessária para o cultivo proveniente da precipitação e da irrigação, respectivamente. Ademais, foi realizada uma análise de correlação de Pearson para investigar a relação entre os componentes da PH e variáveis climáticas, como precipitação, evapotranspiração potencial, temperatura média, umidade relativa do ar e insolação, visando identificar os fatores climáticos mais influenciam a demanda hídrica nas duas regiões estudadas. Os resultados indicaram que, na região do Agreste, a PH total apresentou valores significativamente mais elevados, variando de 329,60 m³/ton a 377,15 m³/ton, com a PH azul, relacionada à irrigação, sendo a principal responsável por essa alta demanda hídrica, especialmente em períodos de seca. Em contrapartida, na Zona da Mata, a PH total variou entre 239,85 m³/ton e 248,15 m³/ton, com uma maior contribuição da precipitação, refletindo a predominância da PH verde. A análise de correlação de Pearson mostrou que, em ambas as regiões, a precipitação e a evapotranspiração potencial foram os fatores climáticos mais determinantes na dinâmica hídrica. No Agreste, a alta dependência de irrigação e a sensibilidade à evapotranspiração destacam a necessidade de estratégias de manejo hídrico mais eficientes. Já na Zona da Mata, apesar de a precipitação também apresentar influência, a evapotranspiração se mostrou o fator climático mais relevante, no geral. Diante desse cenário, pode-se sugerir estratégias de manejo adaptadas às características locais. No Agreste, onde os solos são mais arenosos, recomenda-se a adoção de sistemas de irrigação eficientes, como o gotejamento, e a implementação de práticas de conservação do solo, como a cobertura vegetal e a adição de matéria orgânica. Na Zona da Mata, com solos mais argilosos, o foco deve ser o manejo adequado da umidade do solo, com a utilização de práticas como a descompactação e os sistemas agroflorestais. Assim, a Pegada Hídrica se configura como um indicador essencial para a formulação de políticas públicas voltadas ao manejo sustentável dos recursos hídricos e do solo, contribuindo para a resiliência da produção agrícola e para a preservação ambiental.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2726911 - ANDERSON LUIZ RIBEIRO DE PAIVA
Externo à Instituição - ELVIS CARISSIMI - UFSM
Externa ao Programa - 1654048 - SIMONE MACHADO SANTOS - null
Notícia cadastrada em: 08/05/2025 16:12
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