Banca de DEFESA: DICLA CESARIO PEREIRA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DICLA CESARIO PEREIRA DE OLIVEIRA
DATA : 25/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Pós-Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:

Efeitos das Mudanças do Tempo de Detenção Hidráulico e da Carga Orgânica Volumétrica na Fermentação de Microalga, Vinhaça e Glicerol


PALAVRAS-CHAVES:

microalgas, fermentação, glicerina, vinhaça da cana-de-açúcar, tempo de detenção hidráulico, carga orgânica volumétrica


PÁGINAS: 87
RESUMO:

A gestão integrada de resíduos da indústria de biodiesel (glicerol), etanol (vinhaça) e recuperação de água (biomassa de microalgas) representa uma alternativa tecnológica para transformar resíduos em matéria-prima valiosa, que pode ser aproveitada nos setores energético e industrial. A fermentação desses resíduos tem alto potencial de geração de ácidos graxos voláteis (AGV) de forma mais ecoeficiente. Assim, este estudo buscou elucidar os efeitos de estratégias operacionais, tempo de detenção hidráulico – TDH e carga orgânica volumétrica (COV) no desempenho de fermentador de misturas binárias dos resíduos supracitados. O experimento ocorreu com a mistura biomassa de microalgas pré-tratada e vinhaça (BMPT+VIN) (fases I-A, I-B, I-C e I-D) e biomassa de microalgas pré- tratadas e glicerol (BMPT+ GLI) (fases II-A e II-B). O desempenho da fermentação acidogênica foi superior com TDH de 3 dias devido à alta cinética de hidrólise e conversão em AGV. A operação com TDH superior a 3 dias deu suporte a reações metanogênicas. A concentração de glicerol no feed do reator impediu a análise da relação entre TDH e a fermentação do glicerol. O aumento da COV resultou em efeito positivo na fermentação acidogênica, elevando a concentração de AGV para 13,86 g AGVDQO.L-1 e o rendimento de conversão para aproximadamente 40%. O manejo da COV foi importante pois altas cargas favoreceram a formação de AGV, inibindo a metanogênese. A máxima concentração de AGV (34,1 g AGVDQO.L-1) foi alcançada na fase ID com ORP de -310 mV. Nas outras estratégias, a fermentação ocorreu com valor de ORP entre -200 e -330 mV, o que proporcionou abundância HAc, HProp e HBut. A fermentação do glicerol ocorreu entre rotas metabólicas e maior equilíbrio do ORP (valores próximos a zero). A rota oxidativa foi favorecida pela presença da microalga pré-tratada, enquanto o glicerol suportou o metabolismo redutivo de microrganismos. O GLI foi consumido em cerca de 22%, aumentando a rota oxidativa em 12%, produzindo principalmente HAc, etanol, HSuc, e HBut. Na rota redutiva, a concentração de 1,3-propanodiol aumentou em 10%. Verificou-se, portanto, que o processo de cofermentação controlada por TDH e COV tem um benefício estratégico na produção de AGV. A mistura com glicerol resultou em condições limitantes do desempenho do processo, porém observações importantes sobre a rota metabólica e o efeito da biomassa de microalga foram inferidos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - TALES ABREU TAVARES DE SOUSA - UEPB
Externo à Instituição - DEVSON PAULO PALMA GOMES - IFPE
Presidente - 2193972 - LEIDJANE MARIA MACIEL DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 22/07/2024 22:04
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa09.ufpe.br.sigaa09