Banca de DEFESA: ANA CARLA DA SILVA MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CARLA DA SILVA MONTEIRO
DATA : 29/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Pós-Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:

COMPORTAMENTO DA ACIDENTALIDADE EM RODOVIAS FEDERAIS BRASILEIRAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Rodovias Federais; Pandemia; Sinistros Rodoviários; Séries Temporais; SARIMA; ETS; SARIMAX;

 


PÁGINAS: 122
RESUMO:

O Brasil é considerado o terceiro país no mundo com mais óbitos causados por sinistros de trânsito, atrás somente da Índia e China, tornando-se um problema de saúde pública. Os impactos vão além do sofrimento das famílias pela perda das vítimas, como também nos custos estimados pelos acidentes em que somente nas rodovias federais, chegou a R$ 14,61 bilhões no ano de 2023. Os acidentes são mais frequentes nos finais de semana, em sua maioria com envolvimento de homens acima de 45 anos e por diversas causas que vêm sendo estudadas mundo a fora e incluem ingestão de álcool, excesso de velocidade, péssimas condições das rodovias, falta de uso de equipamentos de segurança, descumprimento das leis de trânsito e deficiências na fiscalização. Com a chegada brusca da pandemia de COVID-19 e as restrições impostas devido à propagação do vírus, esperava-se uma diminuição no fluxo de veículos e com isso a minimização na quantidade e na gravidade dos acidentes. No entanto, apesar da redução gradativa de acidentes que vinha ocorrendo há alguns anos, no período de restrições ocorreu uma estabilidade na quantidade de sinistros, porém, o número de óbitos cresceu, provavelmente devido à gravidade das colisões. Sendo assim, o objetivo geral desta tese é analisar a relação entre os sinistros ocorridos em rodovias federais brasileiras, antes e durante a pandemia de COVID-19, bem como os impactos na quantidade e gravidade desses eventos. A hipótese central é que os impactos decorrentes da pandemia de COVID-19 — como as restrições de mobilidade, que resultaram na redução do tráfego rodoviário com provável aumento de velocidade, e o aumento da pressão psicológica provocada pela percepção de risco frente ao crescimento do número de mortes — foram fatores determinantes para a intensificação de comportamentos perigosos na condução veicular, contribuindo, assim, para o aumento da ocorrência de acidentes graves e fatais nas rodovias federais brasileiras. Para alcançar o objetivo e testar a hipótese foram utilizados dados de acidentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2010 a 2022, além de dados de evolução da COVID-19 e o tráfego rodoviário médio no período de maior propagação da pandemia. Os dados foram analisados por meio de séries temporais, com a utilização dos modelos SARIMA/ARIMA sazonal e ETS pois de acordo com a literatura se aplicam de forma favorável em dados de acidentes rodoviários e para a ratificação dos resultados encontrados usou-se o modelo SARIMAX que se caracteriza pelo uso de variáveis externas – neste caso o período pandêmico. Os resultados demonstraram que a hipótese estudada foi parcialmente confirmada, visto que, para algumas variáveis o período pandêmico e suas restrições causaram reduções, porém, para a maioria o comportamento de quantidade e gravidade dos sinistros seguiu patamares anteriores ou ainda mais elevados no período estudado, permitindo interpretar que apesar das restrições impostas durante os períodos críticos, as ocorrências continuaram acontecendo em números fora do esperado. Por fim, os resultados preenchem uma lacuna sobre o impacto da pandemia na América do Sul e enfatizam a necessidade de políticas públicas que mitiguem efeitos negativos de eventuais surtos pandêmicos futuramente.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DIEGO FURTADO SILVA - USP
Externo à Instituição - FRANCISCO GILDEMIR FERREIRA DA SILVA - UFC
Externa à Instituição - ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA MAGALHÃES AMORIM - UFRN
Presidente - 1767927 - LEONARDO HERSZON MEIRA
Externa à Instituição - MÁRCIA REJANE OLIVEIRA BARROS CARVALHO MACEDO - UPE
Notícia cadastrada em: 15/08/2025 16:53
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