rocha carbonática sintética; epóxi; análise mecânica; análise física; calcário laminado; descontinuidades; vugs; acidificação de matriz.

Rochas carbonáticas sintéticas vêm sendo empregadas para a análise de comportamento mecânico, hidráulico, químico e térmico como um complemento às rochas carbonáticas naturais que se encontram em reservatórios de petróleo e gás ao redor do mundo. As rochas que se encontram na subsuperfície são muito heterogêneas e têm alto custo de extração, dificultando o acesso para mais pesquisas. Características como porosidade, permeabilidade e resistência são essenciais na construção das rochas sintéticas para maior similaridade à rocha natural, o que pode ser especialmente alcançado adotando-se o pó de rocha carbonática em sua composição. Uma opção considerada para a matriz carbonática provém dos rejeitos da mineração de calcários laminados na Formação Crato, localizada no nordeste do Brasil. Essas rochas calcárias são consideradas análogas a algumas fácies daquelas presentes em reservatórios carbonáticos em termos de natureza física e de idade. Em tais reservatórios, descontinuidades como fraturas e vugs exercem papel fundamental no escoamento de fluidos, influenciando processos como dissolução e transporte de reagentes. Nesse sentido, uma rocha sintética será produzida misturando-se o pó de rocha dos calcários laminados, epóxi e cristais de sal para simular os vugs, com o fim de obter suas características físicas e mecânicas. Adicionalmente, o efeito da influência de  descontinuidades na dissolução em rocha carbonática sintética com vugs será investigado. A análise irá revelar como tais descontinuidades impactam a reatividade química e a evolução da porosidade e permeabilidade, contribuindo para uma melhor compreensão do comportamento das rochas carbonáticas sintéticas frente a processos de dissolução, como é o caso da acidificação de matrizes.