Determinação e Remoção do Alquilbenzeno Linear Sulfonado (LAS) de esgoto Doméstico em Reatores Híbridos Sequenciais Anaeróbio e Aeróbio
Cromatografia líquida; LAS; tratamento anaeróbio/aeróbio.
Neste trabalho, inicialmente, foi implantado e validado um método cromatográfico e de preparação de amostras para quantificação de alquilbenzeno linear sulfonato (LAS) no afluente, efluente e lodo de estação de tratamento de águas residuárias (ETE). Na implantação do método cromatográfico foi utilizada uma coluna cromatográfica analítica em fase reversa com fase estacionária de octadecilsilano (C18); e, fase móvel, composta por acetonitrila e água adicionada de 5 mM de ácido acético e 5 mM de trietilamina. Os resultados mostraram que a coluna C18, associada aos solventes utilizados separaram os 4 homólogos constituintes da mistura comercial do LAS, permitindo avaliar qualitativamente a biodegradação do LAS a partir da não identificação de alguns de seus constituintes nos cromatogramas das análises de amostras reais. Previamente à análise cromatográfica, foi avaliado o pré-tratamento das amostras sem e com colunas de extração em fase sólida (SPE), a de troca aniônica forte (SAX) e fase reversa (C18). A SPE foi necessária para amostras de um outro trabalho com água de rios, seja para concentrar o LAS ou para remover interferência na matriz; porém, para amostras da ETE, o SPE mostrou- se desnecessária. A recuperação de homólogos de LAS após os procedimentos analíticos para preparação das amostras foi de 90 a 110%, com precisão de 1 a 5%. Após a implantação do método cromatográfico de análise e de preparação de amostras, foi avaliada a remoção do tensoativo aniônico LAS em dois sistemas em escala piloto com diferentes configurações e taxas de recirculação dos efluentes nos sistemas (0, 50, 100 e 200%). Cada sistema era composto de uma unidade anaeróbia seguida de aeróbia. As unidades anaeróbias eram compostas por um reator de manta de lodo e fluxo ascendente (UASB) e filtro anaeróbio (FAN), seguido de uma unidade aeróbia composta de lodos ativados (LA) e biofiltro aeróbio submerso (BAS). As unidades anaeróbia e aeróbia do sistema 1 foram operadas com tempos de detenção hidráulica de 8 horas; enquanto, as unidades anaeróbia e aeróbia do sistema 2, foram operadas com tempos de detenção hidráulica de 8 e 4 horas, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que a eficiência média de remoção do LAS efluente ao sistema 1 variou de 30 ± 42 a 75 ± 16%; e, no sistema 2 de 11 ± 20 a 46 ± 35%; sendo creditada as maiores remoções por adsorção ao lodo e biodegradação às unidades aeróbias. Esta foi confirmada a partir das análises cromatográficas das amostras, nos quais, não foram detectados os isômeros constituintes do LAS com os grupos fenilsulfonatos mais afastados do grupo metil terminal da cadeia alquílica linear.