Banca de DEFESA: ELENILDO SANTOS BEZERRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELENILDO SANTOS BEZERRA
DATA : 29/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: online
TÍTULO:

RELAÇÕES ENTRE A CONTABILIDADE DE HEDGE E O DESEMPENHO ECONÔMICO, A RELEVÂNCIA DE VALOR E O CONSERVADORISMO CONDICIONAL DURANTE A COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

  Contabilidade de hedge. Covid-19. Desempenho econômico. Relevância de valor. Conservadorismo condicional.

 


PÁGINAS: 85
RESUMO:

   A contabilidade de hedge permite que a variação de ativos e passivos mensuradas ao valor justo do instrumento de hedge e do objeto do hedge seja reconhecido no mesmo período, evitando assim a volatilidade dos lucros que seria economicamente injustificada. Por tais razões, denota-se que a contabilidade de hedge pode contribuir para a determinação do desempenho econômico das empresas e de atuar no processo de mitigação da assimetria de informações entre o principal e o agente, podendo estar associada com a relevância de valor e com o conservadorismo condicional. Além do exposto, em um ambiente de incertezas econômicas acentuado, a avaliação e gestão de riscos pode ser mais desafiadora, uma vez que a previsibilidade dos eventos econômicos relacionados aos riscos das entidades e do mercado se torna menor. A pandemia de covid-19 se transformou num problema econômico, influenciando os mercados financeiros, o emprego e todos os setores em todos os países. Desta forma, o objetivo da tese é analisar as relações entre a contabilidade de hedge e o desempenho econômico, a relevância de valor e o conservadorismo condicional de empresas não financeiras listadas na [B]3 no período da covid-19. A contabilidade de hedge foi mensurada por uma variável dummy a partir da análise de notas explicativas das empresas e o agravamento de incertezas econômicas foi capturado por meio de variável dummy, considerando a covid-19 e a nível de setor de atuação das empresas. Os demais dados da pesquisa foram obtidos a partir do Economática©, e em seguida foram realizadas regressões com dados em painel desbalanceado, realizadas adaptações do modelo relevância de valor de Ohlson (1995) e do modelo conservadorismo condicional de Basu (1997). Os resultados apontam que a contabilidade de hedge exerce influência positiva sobre o desempenho econômico das empresas; influência positiva sobre a relevância da informação contábil; e que o período de covid-19 esteve associado negativamente com as medidas de rentabilidade e lucratividade das empresas. Além disso, não foi possível rejeitar as hipóteses de que a contabilidade de hedge está associada a uma diminuição do conservadorismo condicional; que as incertezas econômicas oriundas da covid-19 exerceram influência sobre o conservadorismo condicional em empresas designadas para a contabilidade de hedge; e que a contabilidade de hedge está associada a um decréscimo da relevância de valor durante a covid-19. Por outro lado, foram rejeitadas as hipóteses de que de forma conjunta as incertezas econômicas causadas pela crise de covid-19 exerceram influência sobre o desempenho econômico em empresas designadas para a contabilidade de hedge e que, de forma isolada, a crise de covid-19 resultou em maior conservadorismo condicional. Por fim, a pesquisa sugere ainda que a covid-19 promoveu uma inversão no sinal observado da relação entre a contabilidade de hedge e o conservadorismo condicional. Entretanto, de forma isolada, há de se considerar a incompatibilidade teórico-empírica verificada entre a contabilidade de hedge e o conservadorismo condicional, dada a normativa do reconhecimento simétrico para ganhos e perdas e o mecanismo de direcionamento para o resultado do período, o que pode impactar as escolhas dos gestores pela utilização de hedge econômico e/ou sua subsequente designação para a contabilidade de hedge. Portanto, ao documentar um fenômeno complexo da contabilidade financeira, este trabalho apresenta resultados e reflexões acerca da utilização da contabilidade de hedge e sua associação com o desempenho econômico, a relevância de valor da informação financeira e o conservadorismo condicional das empresas, incluindo o período da covid-19. Sugere-se que os profissionais das áreas de gerenciamento de riscos e contabilidade e controladoria devem alinhar seus interesses sobre as decisões relativas às operações de hedge e a forma pela qual divulgam esse fato, haja visto o impacto da informação para a determinação do desempenho do período e posterior divulgação aos usuários externos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2226467 - CHARLES ULISES DE MONTREUIL CARMONA
Externa à Instituição - JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
Interno - 3301230 - MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
Externo ao Programa - ***.152.074-** - RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES - UFPE
Presidente - 4134596 - UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
Notícia cadastrada em: 09/08/2024 15:08
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