Banca de QUALIFICAÇÃO: AMANDA CAROLINE DE OLIVEIRA DINIZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA CAROLINE DE OLIVEIRA DINIZ
DATA : 10/12/2025
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE BIOPOLÍMEROS À BASE DE CELULOSE BACTERIANA, ADITIVADOS COM MUCILAGEM E EXTRATO: SUSTENTABILIDADE, BIODEGRADAÇÃO E APLICAÇÕES EM BIOEMBALAGENS


PALAVRAS-CHAVES:

Celulose bacteriana; mucilagem; extrato vegetal; bioembalagens; biodegradação.


PÁGINAS: 96
RESUMO:

A crescente preocupação ambiental em relação aos plásticos convencionais tem impulsionado o uso de materiais biodegradáveis obtidos de fontes renováveis, como a celulose bacteriana (CB), um biopolímero de alto valor agregado, caracterizado por sua elevada pureza, atoxicidade, estrutura nanofibrilar e versatilidade funcional, a qual pode ser ampliada pela incorporação de aditivos naturais. Diante dessas características, aumenta o interesse na aplicação da CB em bioembalagens como possíveis substituintes dos plásticos sintéticos. Com base nesse potencial, este trabalho avaliou os efeitos da incorporação, por via ex situ, de mucilagem (MU) de Opuntia stricta (Haw.) Haw, extrato das folhas de aroeira-do-sertão (EA) (Myracrodruon urundeuva Allemão), e glicerol na matriz de CB produzida em meio alternativo contendo fruto de Cereus jamacaru (P80), previamente estudado. Para isso, foi realizada a caracterização do extrato e dos filmes secos CB+EA (1, 3 e 6%) e CB+MU+EA (1, 3 e 6%). O extrato apresentou pH levemente ácido e alta concentração de compostos fenólicos, associados à sua expressiva capacidade antioxidante e atividade antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e Escherichia coli; contudo, não conferiu bioatividade aos filmes. Além disso, os aditivos promoveram modificações estruturais nos filmes, refletidas no aumento da espessura, na alteração da coloração e na maior flexibilidade. Todos os filmes foram caracterizados por FTIR, DRX e TGA, confirmando propriedades importantes, como a presença de grupos funcionais pertencentes à estrutura química da celulose tipo I, estrutura semicristalina, com maiores índices de cristalinidade para CB (76,81%) e CB+MU+EA6% (76,08%), e boa estabilidade térmica. O trabalho também teve uma segunda etapa, onde se avaliou a biodegradação e resistência da CB quando produzidas em diferentes meios de cultivo, como: salino (MS), suplementado com cascas do fruto de Cereus jamacaru (CBCJ) e com mucilagem (CBMU). As amostras foram enterradas em solo natural de clima semiárido por períodos controlados e monitoradas quanto às alterações físicas, estruturais e químicas. Todas as membranas apresentaram degradação progressiva, embora com intensidades distintas conforme o meio de cultivo (CBMS < CBMU < CBCJ), favorecidas pelas condições climáticas e pela diversidade microbiana do solo. Esses resultados, aliados às análises estruturais e térmicas, evidenciam o potencial da CB como matriz biodegradável, cuja estabilidade e comportamento frente à degradação podem ser modulados pelo meio de produção e pela incorporação de aditivos naturais. Assim, ainda que o extrato não tenha conferido bioatividade direta aos filmes, o estudo abre caminho para novas abordagens de formulação e reforça o caráter promissor e sustentável da CB para o desenvolvimento de bioembalagens.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1356402 - CAROLINA LIPPARELLI MORELLI
Externo à Instituição - JOSÉ FRANCIELSON QUEIROZ PEREIRA - UFRPE
Externa à Instituição - VIVIANE FONSECA CAETANO - UFPE
Notícia cadastrada em: 06/11/2025 11:52
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