Banca de QUALIFICAÇÃO: GIRLAINE SANTOS DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GIRLAINE SANTOS DA SILVA
DATA : 03/06/2024
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Ciência de Materiais
TÍTULO:

Produção de celulose bacteriana utilizando o extrato de Erythrina mulungu com propriedades antimicrobianas


PALAVRAS-CHAVES:

Celulose Bacteriana. Erythrina Mulungu. Biopolímero. Planta medicinal.


PÁGINAS: 84
RESUMO:

A celulose bacteriana consiste em um biopolímero que possui características únicas e versáteis, como excelentes propriedades mecânicas, porosidade, alta cristalinidade, moldabilidade, alta capacidade de retenção de água, estabilidade termoquímica, entre outras. Também apresenta a possibilidade de modificações em seu processo produtivo, podendo ser utilizada para aplicações em diferentes segmentos de pesquisa. No trabalho em estudo, foram produzidas membranas de CB utilizando tanto o chá como o extrato etanólico da Erythrina Mulungu no processo de incorporação. O trabalho foi dividido em duas etapas, na primeira realizou-se a produção da CB utilizando o chá do mulungu como meio de cultivo e fazendo-se o comparativo com o meio de sais. Na segunda etapa, foi realizada a incorporação do extrato etanólico do mulungu na CB de forma in situ, ex situ e na membrana triturada. Foram realizadas inicialmente as caracterizações do chá e do extrato, observando na análise de FTIR os principais grupos funcionais presentes nas estruturas desses compostos. Na análise de atividade antimicrobiana, foi possível observar que as bactérias E.coli e S.aureus mostraram-se resistentes na presença do chá, enquanto as mesmas bactérias mostraram-se sensíveis ao extrato etanólico do mulungu, obtendo-se halos de inibição correspondentes a 19,5 e 36 mm para as bactérias E.coli e S.aureus, respectivamente. Com relação à atividade antioxidante, verificou-se que o extrato etanólico do mulungu apresentou uma maior atividade antioxidante que o chá, obtendo-se um valor de percentual de inibição correspondente a 92,82% para o extrato e 14,70% para o chá. Na primeira etapa do trabalho, foi possível produzir a CB utilizando o chá do mulungu como meio de cultivo, obtendo-se uma película com boa formação e aparência, com um rendimento de 186,41 g/L para a membrana hidratada. Na análise de FTIR foi observado os principais grupos funcionais da CB, obtendo-se um espectro semelhante ao da CB produzida através do meio de sais. Na análise de DRX observa-se que a CB produzida pelo chá de mulungu, apresentou-se menos cristalina que a CB produzida por meio de sais, com um grau de cristalinidade de 46% comparada a 72% da outra. Com relação à atividade antimicrobiana, as bactérias mostraram-se altamente sensíveis à membrana produzida por meio de chá do mulungu, obtendo-se halos de inibição ainda maiores que o da CB meio de sais. Com relação à segunda etapa, foi possível observar uma boa formação para todas as amostras e métodos utilizados. Verificou-se na análise de FTIR espectros bastante semelhantes, com picos que se sobrepõe aos outros, sendo necessário outra análise para diferenciação desses compostos. Na análise de DRX, foi verificado que as amostras CB EX SITU e CB TRIT 25%, apresentaram uma maior cristalinidade que as demais, com percentuais de cristalinidade correspondentes a 83% e 94%, respectivamente. Na atividade antimicrobiana, as bactérias E.coli e S.aureus mostraram-se altamente sensíveis às membranas produzidas pelo método in situ e ex situ. Sendo assim, foi possível produzir nesse trabalho materiais com propriedades excelentes, com alto potencial antimicrobiano e antioxidante, para serem aplicados em áreas medicinais ou cosméticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1356402 - CAROLINA LIPPARELLI MORELLI
Externa à Instituição - CRISTIANI VIEGAS BRANDAO GRISI - UFPB
Externa à Instituição - VIVIANE FONSECA CAETANO - UFPE
Notícia cadastrada em: 17/05/2024 10:17
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