MEMÓRIA COMO CATEGORIA DE RESISTÊNCIA À DESINFORMAÇÃO DE GÊNERO: UM ESTUDO DO PERÍODO ELEITORAL BRASILEIRO EM 2022.
Desinformação de gênero; Memória; Resistência; Período Eleitoral; Twitter
Promovido pelo capitalismo digital atual, a velocidade e facilidade de disseminação da informação, torna rentável a produção e compartilhamento de narrativas falsas que atraem cliques. A desinformação de gênero abrange informações incompletas, distorcidas, falsas, manipuladas, desatualizadas com intencionalidade de minar a ocupação das mulheres na política. Assim, o objetivo da pesquisa é compreender como a (re)construção da memória em redes sociais, desenvolvidas por mulheres na política brasileira, representa uma categoria de emancipação, para o enfrentamento da desinformação de gênero. Os objetivos específicos são: construir categorias de elementos que constituem a desinformação de gênero; identificar as ações informacionais de (re)construção da memória nas redes sociais desenvolvidas por mulheres na política brasileira e apresentar indicativos que explore a relação entre a memória nas redes sociais e as estratégias de desarticulação da desinformação de gênero, oferecendo visões sobre como as mulheres podem combater eficazmente a disseminação de desinformação. Quanto à metodologia, esta tese se enquadra em uma pesquisa social aplicada, cujo campo empírico foi o X/Twitter. Quanto aos objetivos, classificam-se como uma pesquisa correlacional. Nessa investigação, relacionam-se o fenômeno da memória nas redes sociais e a desinformação de gênero. Quanto à forma de abordagem, se constitui enquanto quali e quantitativa; no que se refere ao objetivo se delimita, inicialmente, como pesquisa exploratória e, em seguida, descritiva. Para coleta de dados, utilizam-se a pesquisa documental e etnografía virtual, com dados coletados no Twitter. Os dados coletados foram analisados, a partir da análise temática de conteúdo. Conclui-se que a desinformação de gênero utiliza conteúdo emotivo para assediar mulheres, minando sua participação pública. A sororidade se destaca como uma força de resistência crucial, conectando mulheres e fortalecendo redes de solidariedade. Além da necessidade de promover a co-criação, colaboração comunitária e competência crítica em informação para o fortalecimento da luta contra a desinformação, explorando novos formatos como áudio, memes, e jogos para prebunking.