AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO POR UV E REPROCESSAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO BIOCOMPÓSITO PLA/FIBRA DE BANANEIRA
Biodegradabilidade. Biocompósitos. Fibras naturais. Fibra de bananeira. Degradação por UV. Envelhecimento acelerado.
A durabilidade, adaptabilidade e baixo custo dos produtos poliméricos têm impulsionado sua utilização global, com uma produção anual de aproximadamente 400 milhões de toneladas. Até 2050, essa produção pode ultrapassar 25.000 milhões de toneladas. Todos os processos, desde a fabricação até o beneficiamento e descarte desses materiais, contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa, com projeções indicando que essas emissões podem superar 56 gigatoneladas até 2050. Uma solução é o uso de bioplásticos, como o Ácido Polilático (PLA), considerado uma alternativa sustentável aos polímeros provenientes de petróleo. A incorporação de fibras naturais também é promissora para reduzir o impacto ambiental. Fibras de bananeira, com alta resistência e baixo custo, são um potencial reforço para compósitos poliméricos. Além dessas características, em 2023, o Brasil foi o quarto maior produtor de bananas, gerando uma quantidade significativa de resíduos. Dessa forma, o reaproveitamento desses resíduos como reforço para materiais poliméricos torna-se ainda mais importante. A combinação de bioplásticos com fibras naturais resulta em compósitos verdes, biodegradáveis, mas suscetíveis à degradação, reduzindo assim os impactos com o descarte desses materiais. Visando reutilizar os resíduos da bananicultura e promover a sustentabilidade, este trabalho propõe avaliar o comportamento mecânico de um compósito verde de PLA reforçado com fibra de bananeira do pseudocaule, exposto à radiação ultravioleta e submetido a reciclagem. Para isso, as fibras serão extraídas por métodos mecânicos, e em seguida, serão produzidos os corpos de prova para ensaios mecânicos conforme as normas ISO 527-2, ISO 178 e ASTM D3822-07, com o auxílio de uma extrusora e uma injetora, obtendo corpos de prova com percentuais de 0%, 10%, 20% e 30% em massa de fibra. Os corpos de prova serão levados a uma câmara de envelhecimento acelerado por UV e envelhecidos por 0, 30 e 60 dias. Após esse processo, uma porcentagem das amostras será reciclada e, em seguida, serão ensaiadas todas as amostras para a obtenção das propriedades mecânicas. A partir do comparativo de perda de propriedade mecânica, será possível quantificar as perdas do material em termos de resistência após processos de envelhecimento e reciclagem.