Design Antropologia e Artesanato: Estratégias Participativas para Melhorar a Qualidade de Vida de Artesãs.
Artesanato, Design Antropologia, Design Participativo, Qualidade de vida.
Esse trabalho tem como objetivo promover uma reflexão coletiva com artesãs sobre seu cotidiano e qualidade de vida. Para isso, propõe-se o mapeamento de suas rotinas de trabalho e métodos por meio de entrevistas, seguido do desenvolvimento de uma oficina. Utilizando ferramentas do Design Participativo, a oficina busca engajar as artesãs na construção de estratégias para aprimorar suas condições de trabalho e bem-estar. Nesta pesquisa, adoto a abordagem de Design Antropologia, refletindo sobre seu potencial para tornar a pesquisa em artesanato mais participativa e menos objetificadora. O trabalho se apoia no referencial teórico de Arturo Escobar (2016), que discute tradição racionalista e ontologia, e de Rafael Cardoso (2008), Richard Sennett (2009) e Mário Moura (2018) para abordar a relação entre arte, artesanato e design. Além disso, recorro a Rogério Haesbaert (2011) para refletir sobre a noção de território. No âmbito metodológico, baseio-me nos trabalhos de Tim Ingold (2012, 2016) e María Cristina Ibarra (2021), que exploram conceitos como correspondência e participação observadora. A partir das percepções das artesãs, busco identificar os principais desafios enfrentados em seus trabalhos e possíveis oportunidades para aprimorar sua qualidade de vida e seus processos produtivos.