DESIGN DE ILUMINAÇÃO AFETIVA: Estudo para a definição de diretrizes de design, a partir da percepção do usuário, para um ambiente de Realidade Virtual.
Iluminação de interiores. Design afetivo. Realidade virtual imersiva. Laboratórios experimentais. Avaliação qualitativa da iluminação.
A iluminação de interiores tem sido avaliada por fatores técnicos e estéticos. As ferramentas digitais de projeto para iluminação, que se encontram disponíveis no mercado, desconsideram o fator emocional no conjunto de dados com os quais são alimentadas. Esse contexto, tem condicionado projetistas a apenas conhecerem as reações de pessoas à luz planejada, por meio de uma avaliação pós-ocupação, ou seja, com o projeto já executado e em uso. A literatura demonstra que a luz é um dos componentes ambientais que mais provoca reações emocionais nos seres humanos, influenciando sobremaneira a sua resposta comportamental. Considerando esse contexto, essa tese defende a hipótese de que os fatores emocionais são um terceiro componente que deve ser incluído nos projetos de iluminação e nas suas avaliações qualitativas; para isso, é necessário que as ferramentas digitais de projeto se tornem mais preditivas, permitindo a inclusão da emoção ainda na fase de projeto. A realidade virtual imersiva é uma dessas ferramentas que tem grande potencial preditivo, porém, o seu uso no design de interiores tem sido, majoritariamente, o de permitir momentos de imersão em cenários já definidos, com projetos já prontos para a execução, sem uma avaliação qualitativa que permita aprimoramentos. Baseando-se no conceito de design emocional, de Donald Norman, essa pesquisa objetiva definir diretrizes de iluminação afetiva e construir um ambiente virtual que permita a simulação de cenários de iluminação, para conhecer a reação humana em projetos de iluminação.