A experiencia da pessoa com deficiencia visual: um estudo em museus sob a otica em design.
deficiência visual; museu; design; acessibilidade; contemplação artística.
Os museus são espaços que oportunizam a construção do conhecimento ao salvaguardar obras de arte com vários significados, tornando-se assim um lugar de encontro com suas origens. Com isso, são ambientes que utilizam principalmente a exploração visual para contemplação. No entanto, quando pensamos no visitante com deficiência, as pessoas com deficiência visual enfrentam maiores dificuldades durante a experiência museológica, especialmente ao se depararem com barreiras arquitetônicas, comunicacionais e informacionais. Portanto, a presente pesquisa teve como principal objetivo investigar a contemplação artística e ambiental da pessoa com deficiência visual nos espaços da Oficina Francisco Brennand e do Paço do Frevo, para assim propor parâmetros inclusivos considerando sua autonomia. Nesse contexto, centrou-se nas abordagens teóricas e metodológicas referentes à deficiência visual e acessibilidade, buscando refletir sobre as ferramentas para inclusão nesses ambientes. Como experimento, foram realizados procedimentos metodológicos que buscaram incluir o participante com deficiência visual em parceria com a Associação Caruaruense de Cegos (ACACE), na observação, escuta e análise do problema, por meio dos mapeamentos comportamentais e sensoriais. O corrente estudo identificou diversas barreiras perceptivas a partir do grau de intensidade do nível da deficiência visual, além da funcionalidade dos recursos presentes atualmente nas instituições museológicas. Por fim, a pesquisa propõe várias diretrizes inclusivas importantes para o surgimento de novos projetos, tais como a aplicação prática dessas diretrizes em museus.