Banca de QUALIFICAÇÃO: JOAO CEZAR CAVALCANTI ROCHA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO CEZAR CAVALCANTI ROCHA
DATA : 28/08/2024
LOCAL: VIA VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Transições sustentáveis a partir da mobilidade ativa por bicicleta: framework de antecipação de caminhos de transição a partir das expectativas dos atores em sistemas.

PALAVRAS-CHAVES:

Transições sustentáveis; Antecipação; Mobilidade Ativa; Expectativas; Sistemas sociotécnicos.

PÁGINAS: 125
RESUMO:

Vivemos em uma era de crises climáticas, cujas causas e consequências são profundamente econômicas e sociais. O design vem debatendo essas questões desde meados da década de 1970, explorando materiais melhores, novos comportamentos, sistemas de produção e consumo eficientes e inovação social, além de uma busca a processos regenerativos. Estudos mais recentes focam em transições sistêmicas no nível sociotécnico e socioecológico, especialmente no Norte Global. No entanto, há uma lacuna significativa na pesquisa voltada para as perspectivas sociopolíticas e de imaginário no Sul Global, com seus potenciais e questões próprias. Envolvendo desafios em sistemas complexos e fundamentais para a atividade humana, como moradia, mobilidade, alimentação e energia. As mudanças radicais necessárias para enfrentar as crises socioambientais exigem o entendimento e criação narrativas futuras alternativas plurais e justas, além do envolvimento de atores comprometidos com a mudança como os movimentos sociais. Para isso, é crucial compreender os imaginários e expectativas dos atores que influenciam esses sistemas, contradições, pontos de tensão e sinergia, identificando pontos de alavancagem para transições. Para tanto, precisamos adotar uma perspectiva relacional, permite entender melhor as interações e interdependências entre os diversos atores e componentes dos sistemas sociotécnicos e socioecológicos que se conectam, promovendo uma abordagem mais holística e inclusiva. E consequentemente outras formas de fazer design que precisam lidar com o pensamento sistêmico e intuitivo, indo além da racionalidade e controle. Esta pesquisa parte de framework para antecipação baseada em expectativas em sistemas de produto-serviço, desenvolvido durante o mestrado do autor. Esse artefato teórico, utiliza diversos artifícios que esse trabalho visa avaliar e adaptar, entendendo sua utilidade para abordar sistemas sociotécnicos, entendendo que todo futuro é ideológico e precisa ser pensado criticamente, envolvendo quem inclusive quem está nas bordas do sistema. Nos concentraremos em entender como favorecer a mobilidade sustentável, especialmente a bicicleta, em Recife — Pernambuco, uma das cidades com pior mobilidade do mundo. Vamos além de uma perspectiva baseada na relação de consumo e de uma proposta única, envolvendo no sistema um conjunto de tecnologias, retro-inovações, inovações de base, em torno da busca por favorecer mudanças no sistema. O objetivo é explorar como os artifícios do framework podem ajudar pesquisadores e atores interessados nos caminhos de mudança do sistema a antecipar e adquirir conhecimento e inspiração que ajudem a corresponder no presente. Entre os caminhos explorados, além de conceitos úteis para lidar com a complexidade dos sistemas, estão artifícios práticos como a construção de cenários de sonhos coletivos em torno da mudança desse sistema. Compreendendo como os atores que exercem influência sobre esse sistema reagem a esses cenários, revelando expectativas e conhecimento para potenciais correspondências no presente, em torno de infraestruturas e metaestruturas que influenciem no esperançar de novas realidades possíveis. A pesquisa, portanto, avalia a utilidade e adapta o framework de antecipação baseado em expectativas para entender o sistema, identificar novas perspectivas, conhecimentos e inspiração para o improviso do futuro no presente, considerando as dinâmicas de poder existentes entre os atores. Dentre os objetivos específicos, visamos avaliar e adaptar o framework, operacionalizando seus artifícios em revisão teórica (Ciclo 1) e aplicações práticas (Ciclos 2 e 3), onde a cada ciclo, processos adaptativos acontecem gerando novas entradas, saídas, adaptações e melhorias dos artifícios. Neste momento, apresentaremos o Ciclo 1, seus aprendizados e a preparação para os ciclos práticos seguintes.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - GHEYSA CAROLINE PRADO - UFPR
Externo à Instituição - CARLO FRANZATO - PUC - RJ
Interna - 1804999 - ANA CAROLINA DE MORAES ANDRADE BARBOSA
Externo à Instituição - FREDERICK MARINUS CONSTANT VAN AMSTEL - UTFPR
Interno - 1351969 - NEY DE BRITO DANTAS