DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTAVEL: AUTOPOIESE E SOCIABILIDADE, CONCEITO ULTIMO E POSSIBILIDADE PRIMEIRA
Desenvolvimento Urbano Sustentável, Sociabilidade Urbana, Autopoiese
Esta Tese traz a Hipótese Central da ainda ausência de conhecimentos para a compreensão e lida com o Desenvolvimento Sustentável em uma Complexidade Multidimensional que lhe parece inerente, especialmente quanto à Dimensão Social, e o que diz respeito direto ao Desenvolvimento Urbano Sustentável. Tem-se então o Objeto Teórico da Sustentabilidade, que é analisado a partir de um Discurso Central em constante desenvolvimento, de origem ecológica, e que aos poucos abarca a Dimensão Social, mas que chega ao século XX repleto de críticas. Perspectivas Paradigmáticas e Abordagens Contemporâneas em Sustentabilidade sugerem novas possibilidades teóricas. Dentre elas, a Teoria de Santiago e seu Conceito de Autopoiese, que possui estreitas convergências com outras teorias, como em relação ao conceito de Resiliência, e que aponta para uma abordagem de integração ontológica entre a Dimensão Biológica e a Dimensão Humana. Objetivamente, adotamos aqui o destrinchamento da Autopoiese em quatro dimensões, a partir de nossa anterior pesquisa de mestrado: Organização Biológica, Cognição, Interação Social e Ética. E originalmente nesta Tese, propomos quatro qualidades centrais respectivas a essas dimensões autopoiéticas, na busca de traduzir esse conhecimento em possíveis noções sociais objetivas: Autonomia, Distinção, Interdependência e Imprevisibilidade. Tem-se aí o Entendimento Autopoiético de Sustentabilidade que é aplicado em nossa empiria, e que é de outra maneira resumido, com o auxílio de outras teorias, no entendimento da sustentabilidade dos seres/sistemas-vivos, ou Sistemas Ecológico-Sociais, através do equilíbrio entre suas Estruturas (Espaciais) e Relações (Sociais) em seus Processos (Urbanos) Vitais. Tomamos como Objeto Empírico a Sociabilidade Urbana, cujos debates encontram a questão do Desenvolvimento Urbano Sustentável no debate maior sobre Modelos de Cidade Tradicional, Moderna e Contemporânea, e entendendo ambas Sociabilidade e Sustentabilidade como impactadas por Formas de Vida Modernas. Especificamente, é pela Sociabilidade Urbana que avançamos na investigação da Complexidade Multidimensional da Sustentabilidade em sua Dimensão Social! Nesse escopo, encontramos a Sociabilidade Urbana sendo contemporaneamente abordada em campos do Desenho Urbano Sustentável. Junto a isso, lavramos teorias próprias da Sociabilidade que apontam um Cenário Crítico Atual de Segregação Socioespacial e um Cenário Teórico de ainda impressão no entendimento da Sociabilidade Urbana. E mais do que tudo, encontramos em Maria Angela D’Incao a indicação da ocorrência de um Processo de Restrição da Sociabilidade na transição entre formas de vida e modelos de cidade tradicionais e moderno-burgueses. Na objetivação da investigação empírica, tomamos o Método de PesquisaQualitativo da Autoetnografia, somado a diferentes técnicas de pesquisa, e que é apresentado em bases teóricas, correlações com a Arquitetura e Urbanismo, e aplicado em narrativas do Autor ligadas à Sustentabilidade e à Sociabilidade Urbana. Isso, através de ocorrências também ligadas ao Espaço Construído e ao Espaço Urbano no cenário da Pandemia da Covid-19, a partir de 2020. Com a Autoetnografia, evidenciamos minúcias socioespaciais que, ao final, são interpretadas à luz do Entendimento Autopoiético de Sustentabilidade, ilustrando-se aí a Complexidade Multidimensional da Sustentabilidade em sua Dimensão Social; também, propondo-se um arcabouço teórico conceitual possível para a continuidade das pesquisas; e, especialmente, apresentando-se uma possibilidade de abordagem socialmente prática em Desenvolvimento Urbano Sustentável.