Banca de QUALIFICAÇÃO: CÉLIO HENRIQUE ROCHA MOURA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CÉLIO HENRIQUE ROCHA MOURA
DATA : 25/02/2025
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

A PRÁTICA DO TERRITÓRIO PARA ALÉM DAS NORMATIZAÇÕES: diálogos ontológicos na reinvenção das

Áreas Protegidas, na Comunidade do Bode, Recife-PE.


PALAVRAS-CHAVES:

território. ontologia territorial. áreas protegidas. comunidades tradicionais.


PÁGINAS: 209
RESUMO:

Este trabalho propõe uma imersão nas dinâmicas territoriais da comunidade do Bode, localizada no bairro do Pina, Recife (Brasil), enfocando as tensões entre normatizações institucionais, como a criação de Áreas Protegidas (APs), e as práticas territoriais cotidianas de seus moradores. O estudo parte do pressuposto de que a ação política de criação das APs, em prol da conservação da natureza, em termos convencionais, é lastreada pelo dualismo epistemológico histórico, formalizando a marginalização e a supressão de práticas territoriais que são anteriores às delimitações espaciais do sítio. Assim, investigamos como o território do Bode transcende os ímpetos normatizantes do planejamento urbano, impostos por instrumentos como o Sistema Municipal de Unidades Protegidas. O território em questão configura-se como um espaço vivo, continuamente ressignificado pelas práticas cotidianas, pela memória coletiva e pelas disputas ontológicas. O manguezal, central para a reprodução social e a identidade da Comunidade, é parte essencial da territorialização dos ribeirinhos, cujo universo se situa no interlúdio entre o ser moderno e o ser tradicional/relacional. Fundamentada em autores como Rogério Haesbaert, Arturo Escobar, Marisol de la Cadena e Ailton Krenak, a presente tese propõe um mergulho na teia relacional, urdida pelos moradores da Comunidade, no seio do território, para compreender os múltiplos universos que convivem paralelamente, entre diálogos e conflitos, próprios a uma mesma ou a territorialidades distintas. Essa perspectiva crítica questiona os paradigmas hegemônicos de conservação, destacando a importância de reconhecer a existência pluriversal e as práticas tradicionais como elementos centrais na gestão e negociação territorial. Os dados preliminares sugerem que as práticas da Comunidade podem incluir tanto ações materiais quanto simbólicas, o que será aprofundado ao longo da análise.


 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2131071 - TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
Interna - 2133755 - EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
Interno - 1149640 - FABIANO ROCHA DINIZ
Externo ao Programa - 3365778 - JOSE ESTEBAN CASTRO - UFPEExterna ao Programa - 1278948 - MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL - UFPE
Notícia cadastrada em: 07/02/2025 14:10
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa07.ufpe.br.sigaa07