Banca de DEFESA: MARIANA SILVA ROSSIN

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA SILVA ROSSIN
DATA : 19/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Urbano
TÍTULO:

O ECLIPSAMENTO DA PAISAGEM SOCIAL NA PAISAGEM CULTURAL BRASILEIRA: O CONJUNTO MODERNO DA PAMPULHA-MG


PALAVRAS-CHAVES:

Paisagem Cultural; Arquitetura moderna; Conjunto Moderno da Pampulha; Paisagem Social; Gilberto Freyre.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Esta tese investiga a noção de paisagem enquanto patrimônio, com ênfase nas abordagens da UNESCO, e suas ressonâncias no IPHAN. A paisagem cultural é elemento presente desde a origem do IPHAN quando, no Decreto-Lei n°25 de 1937, cria-se o Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico constando em seu artigo 18, que não se pode construir em vizinhanças de bens tombados algo que atrapalhe ou impeça sua visibilidade, confirmando uma noção de paisagem visual A Pampulha, em Belo Horizonte (MG), é analisada como exemplo paradigmático de paisagem cultural institucionalizada, representando um segmento social, mas ocultando um processo de exclusão social. Reconhecida como patrimônio cultural pelas três instâncias de poder e, tendo recebido o título de Patrimônio Mundial, na categoria de paisagem cultural, em 2016, foi idealizada como uma paisagem social e símbolo da identidade nacional por Juscelino Kubitschek e materializada no conjunto arquitetônico concebido por Oscar Niemeyer na década de 1940. Desponta na investigação a noção de "Paisagem Social" de Gilberto Freyre, uma abordagem de paisagem que agrega a miscigenação cultural do Brasil que passa a ser a lente para se enxergar a paisagem cultural que o IPHAN institucionaliza e que se pressupõe espelho social e cultural. De fato, a paisagem do conjunto arquitetônico moderno foi criada para a elite belorizontina e eclipsou a paisagem social da antiga Pampulha, pois expulsou a população então instalada na sua origem. A paisagem cultural da Pampulha, relaciona-se ao que Jean Marc Besse chama de paisagem política, reconhecendo elementos que contam sua história oficial. É o objetivo principal discutir o processo de assimilação e operacionalização da categoria de paisagem na esfera institucional do patrimônio cultural brasileiro, a partir da noção de Paisagem Social de Gilberto Freyre. Utiliza-se etapas da análise de conteúdo, proposta por Laurence Bardin, nas pesquisas histórica e documental, de 42 processos de tombamento do IPHAN entre1938 e 2012 e os referenciais da história cultural de Peter Burke e Sandra Pesavento. A tese conclui que a adoção da Paisagem Social freyriana pode ampliar a abordagem do IPHAN, promovendo uma patrimonialização mais inclusiva e representativa da diversidade cultural brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2203900 - ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
Interna - 2056213 - JULIA DA ROCHA PEREIRA
Interna - 2154962 - RENATA CAMPELLO CABRAL
Externa à Instituição - ANA APARECIDA BARBOSA PEREIRA - UFJF
Externa à Instituição - CELINA BORGES LEMOS
Notícia cadastrada em: 19/12/2024 09:00
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