PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Teléfono/Ramal: (81) 99262-6709

Banca de QUALIFICAÇÃO: WEYNA MOREIRA MACEDO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WEYNA MOREIRA MACEDO
DATA : 11/11/2025
LOCAL: CAC - Sala 201
TÍTULO:

TOPOANÁLISE DE UMA PAISAGEM FRONTEIRIÇA: A poesia de Joaquim Cardozo e de Moreira Campos e a experiência moderna no Nordeste brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

Poesia moderna; Joaquim Cardozo; Moreira Campos; Topoanálise; Fronteira poética.

 


PÁGINAS: 190
RESUMO:

Esta dissertação investiga as aproximações temáticas e estilísticas entre as formações líricas de Joaquim Cardozo e Moreira Campos, a partir da análise de suas obras inaugurais Poemas (1947) e Momentos (1976). O estudo busca compreender como ambos os poetas elaboram, por meio de uma linguagem lírica singular, uma reflexão sobre a modernidade nordestina em processo de urbanização durante o século XX. A pesquisa propõe-se a identificar de que modo as transformações urbanas de Recife e Fortaleza influenciaram suas representações poéticas do espaço e do sujeito moderno. O percurso teórico-metodológico parte da topoanálise, conforme delineada por Ozíris Borges Filho (2007), como instrumento de leitura que articula espaço, subjetividade, experiência poética e a noção de fronteira. A partir de Gaston Bachelard (2000), mobiliza-se a noção de imagem poética como elemento que expressa o entrelaçamento entre memória, devaneio e habitar. Walter Benjamin (1994) fundamenta a reflexão sobre a experiência moderna como vivência fragmentada, revelada nas ruínas, nos resíduos e na perda da aura urbana. Por fim, Marcos Siscar (2010) orienta o debate sobre o discurso de crise que atravessa a modernidade lírica e estrutura a tensão entre tradição e ruptura nas
obras analisadas. Os resultados apontam que as poéticas de Cardozo e Campos convergem na denúncia do custo humano e simbólico do progresso, revelando um lirismo melancólico que tensiona o passado e o presente, o local e o universal. Em ambos, a cidade emerge como metáfora da experiência moderna periférica - mutilada, espectral e fragmentária, mas ainda permeada de resistência estética. Assim, as obras analisadas configuram uma alternativa à tradição regionalista e às correntes canônicas do Modernismo, construindo uma sensibilidade moderna própria do Nordeste brasileiro.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3219408 - JONAS JEFFERSON DE SOUZA LEITE
Interno - 2085831 - ANCO MARCIO TENORIO VIEIRA
Notícia cadastrada em: 29/10/2025 18:42
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